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Educação financeira deve ser ensinada já na infância, diz consultora da InvestSmart XP de Montes Claros

Mais de 1,6 milhões de pessoas deixaram de pagar as contas só no primeiro semestre deste ano, segundo o Serasa Experian. Esses dados trouxeram à tona a falta de conhecimento da população em relação à educação financeira.

Segundo a Consultora Financeira, Ana Carolina Machado, que trabalha na InvestSmart XP, em Montes Claros, a falta de conhecimento para administrar o próprio dinheiro também contribui com o cenário da inadimplência.

Quanto mais cedo começar o processo para compreender melhor os produtos e serviços financeiros, mais chances de fazer melhores escolhas no presente e futuro.

Uma dica para os pais é inserir essa discussão sobre dinheiro, já na infância, pois assim, a criança já aprende como administrar seu próprio dinheiro e consequentemente se torna um adulto mais responsável com as finanças.

“O primeiro melhor momento para aprender é agora! As pessoas precisam começar, senão começaram ainda. É muito importante, nós, dentro da nossa família, dentro das nossas casas, começarmos com as nossas crianças, desde pequenininhas mostrando a importância de se ter dinheiro e saber administrar, entender o valor de cada coisa, como faz para adquirir os produtos e assim naturalmente eles vão crescendo e adquirindo seu próprio recurso financeiro. Um estudo muito interessante aborda esse comportamento. Levar uma criança ao shopping e permitir que elas façam as escolhas com o dinheiro que você entregar. Ali elas vão começar a ter uma noção na prática quanto aquele dinheiro custa. Ela vai ter que priorizar se ela quer tomar um sorvete ou se ela quer ir ao cinema, por exemplo. Elas vão aprender a fazer escolhas e aprender o que é prioridade”, explica.

Ainda segundo Ana, o primeiro passo é ensinar a criança que nem tudo que se quer, pode se ter e que tudo é questão de prioridade. Um exemplo disso é quando a criança chora e se irrita quando quer algo e não consegue. A resposta dos pais é quase sempre a mesma, “hoje não podemos comprar”. Em vez disso, os pais, podem, por exemplo ensinar a criança administrar seu próprio ganho.

“Nós precisamos começar a falar sobre dinheiro, que ainda é um tabu, porque ninguém fala sobre, o que está relacionado a uma construção cultural. A medida que a gente começa a tratar sobre o tema, as coisas começam a melhorar. As pessoas precisam definir quais são suas metas pessoais e focar nelas, porque as crianças, por exemplo que ainda não tem renda ativa dentro de casa vão começar a ver e refletir naturalmente o comportamento dos pais”, pontua.

Como começar?

O primeiro passo é entender qual a sua receita, qual o seu patrimônio e qual a sua despesa.

“A primeira coisa é entender o que é receita e o que é despesa. O importante não é quanto se ganha, mas quanto se gasta. As vezes pessoas que tem ganhos muito altos gastam a mais do que se ganha. Todo mês ela vai fechar no vermelho, mesmo ganhando muito. Não tem um valor para começar. A exemplo de uma pessoa que ganha R$2 mil por mês, se ela conseguir guardar 100 reais por mês, ao final do ano ela terá um saldo positivo. Isso se chama inteligência financeira. O ideal é colocar tudo na ponta do lápis”, finaliza Ana Carolina.

A pandemia do coronavírus trouxe uma necessidade ainda maior de entender, poupar e administrar o dinheiro.  O brasileiro está mais interessado, portanto, uma reserva financeira é essencial na vida de qualquer um, já que as emergências não avisam quando vão acontecer.

 

 

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