Durante a operação foram cumpridos 14 mandados de prisão, 11 mandados de busca e apreensão, além de mandados cautelares de afastamento do cargo e bloqueios de contas bancárias.
“Desde 2018, a Polícia Civil através da Operação Muralha, ela identificou que vários presos da Penitenciária de Segurança Máxima de Francisco Sá utilizavam-se de aparelhos celulares para cometer crimes extra muros. Na continuidade da operação através da Operação Trojan a Polícia Civil busca impedir a entrada de aparelhos celulares na Penitenciária de Segurança Máxima. Esa organização criminosa desarticulada envolvia advogados, presos, parentes de presos, infelizmente agentes prisionais que procediam a entrada de aparelhos na unidade”, explicou o Delegado Regional Herivelton Ruas.
“A investigação começou a partir da primeira fuga que ocorreu na Penitenciária em setembro de 2019. Um inquérito foi instaurado e fomos fazendo as diligências até a Polícia Civil obter informação que a entrada de telefones também estava sendo facilitada. Verificamos desde de 2018, analisamos todos os telefones que foram apreendidos e foram registradas 80 ocorrências policiais com apreensão de 100 aparelhos telefônicos pelo Sistema Prisional. Fizemos uma minuciosa avaliação até analisar mais de 18 mil linhas telefônicas e dessas linhas mais de 100 mil ligações feitas. A partir daí chegamos até os autores e os integrantes dessa organização criminosa”, detalha o delegado Alberto Tenório.
Uma conta bancária teria sido encontrada dentro de uma cela e a partir dela, foi possível chegar até a identificação de uma conta bancária que teria movimentado mais de R$100 mil. Essa conta estava sendo usada para movimentação ilícita. Um preso conhecido como “Faxina” e uma advogada de vários detentos fazia a negociação com os Policiais penais.
Segundo o Diretor Regional da Polícia Penal Antônio Costa, “Uma das principais premissas do Secretário Geral Rogério Bretas é o combate ao crime organizado e a corrupção, qualquer ato ilícito cometido por servidores será punido com o rigor da lei, respeitando a ampla defesa e o contraditório. O DEPEN não compactua com práticas ilícitas e trabalhamos de forma integrada com as outras forças de segurança pública no combate a corrupção”, conclui.