Parlamentares comemoram manutenção do veto em votação realizada na manhã desta quinta-feira (21).
Na Reunião Ordinária de Plenário realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quinta-feira (21/10/21), deputados repercutiram o Veto Total à Proposição de Lei 24.909, que foi mantido pelos deputados em votação realizada na Reunião Extraordinária realizada de manhã.
Essa proposição atualiza a Lei 14.170, de 2002, que prevê punição para discriminação por orientação sexual, estipulando multa também para discriminação por identidade ou expressão de gênero.
Para o deputado Leandro Genaro (PSD), a chamada ideologia de gênero é um tema perigoso e delicado e, por isso, as famílias devem ficar atentas. “Embora a ideologia de gênero tenha sido retirada do Plano Estadual de Educação, alguns professores insistem nesse tema em sala de aula”, alertou.
Na avaliação do parlamentar, a ideologia de gênero tem fundo marxista e pode representar uma ameaça para as famílias. “Podem existir famílias sem a figura do pai ou da mãe, mas o padrão bíblico, no qual a maioria das pessoas acredita, é: homem, mulher e filhos”, afirmou.
“Quero ter o direito de ensinar aos meus filhos aquilo em que eu acredito. A ideologia de gênero é um lixo que precisa ser combatido”, concluiu o deputado.
O deputado Bruno Engler (PRTB) também comemorou a manutenção do Veto 28/21. Para ele, foi uma vitória da população mineira que se mobilizou para isso.
Em sua opinião, o conteúdo da legislação exporia ao risco mulheres e meninas. “Cria (a norma) a identidade de gênero e estabelece que homens biológicos possam frequentar espaços exclusivamente femininos”, afirmou.
O deputado considerou que o veto representou a vitória “da família, dos valores cristãos e de Minas Gerais sobre a ideologia de gênero”.
Deputado defende melhores salários no Samu
Já o deputado Doutor Jean Freire (PT) foi à tribuna para defender os motoristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo ele, os salários desses profissionais giram em torno de R$ 1.300,00. “É um absurdo uma situação dessa”, lamentou.
De acordo com o parlamentar, os condutores do Samu também ajudam a retirar vítimas de ferragens, realizam resgates em ribanceiras e acompanham pacientes até que eles cheguem ao CTI. “Esses profissionais são tão importantes quanto os médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem”, afirmou.
Ele disse que os encargos do Samu ficam majoritariamente com as prefeituras e os aportes de recursos estaduais e federais estão sem reajuste. Para tratar desse problema, ele propôs uma audiência pública das Comissões de Saúde e do Trabalho, da Previdência e da Ação Social. “Vamos somar esforços com os prefeitos e cobrar mais recursos do governo federal”, finalizou.