Recursos de R$ 127 milhões vão compor linhas de crédito do banco mineiro para financiar projetos de sustentabilidade e investimentos de micro, pequenas e médias empresas
O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) oficializou com o Banco Europeu de Investimento (BEI), nesta quarta-feira (10/11), um acréscimo no valor de 20 milhões de euros do limite do contrato original de 100 milhões de euros, firmado entre as instituições em 2019.
O valor é equivalente a cerca de R$ 127 milhões (cotação de 9/11) e o aditivo foi assinado como parte da programação paralela da COP 26, em conferência virtual entre o presidente do BDMG, Sergio Gusmão Suchodolski, e o vice-presidente do BEI, responsável pela América Latina, Ricardo Felix Mourinho.
Crédito
Os recursos adicionais serão utilizados para compor linhas de crédito do banco mineiro voltadas ao financiamento de projetos de energias renováveis e eficiência energética no estado de Minas Gerais, além de prover capital para investimentos em micro, pequenas e médias empresas. O prazo de pagamento pode chegar a 13 anos, dependendo da natureza da operação e do tipo de negócio, com até dois anos de carência.
O aditivo é mais uma parceria entre as duas instituições. Em outubro de 2019, o BDMG já havia captado 100 milhões de euros do BEI, a maior operação internacional da história do banco mineiro e a primeira do multilateral no Brasil. Inicialmente restrito a iniciativas de energias renováveis e eficiência energética, o contrato teve destinação flexibilizada em novembro de 2020, em função do cenário emergencial deflagrado pela pandemia. Na ocasião, uma parcela 30% do total (30 milhões de euros) passou a atender demandas diversas por crédito de micro, pequenas e médias empresas impactadas pela crise sanitária.
“Essa extensão do limite sinaliza a confiança do BEI na alocação eficiente de recursos por meio do BDMG. Em pouco mais de dois anos de parceria, já endereçamos praticamente a totalidade do contrato inicial, se somados os valores já desembolsados e os projetos já captados e em análise no banco. Agora, fortalecemos essa parceria e damos um passo a mais para aumentar os vetores de liquidez tanto para investimentos em energias renováveis, quanto para a manutenção de pequenos e médios negócios, segmento que responde pela maior parte da geração de empregos em Minas Gerais. Dessa forma, vamos aumentar as oportunidades de recuperação econômica em bases mais sustentáveis e inclusivas no estado”, afirma o presidente do BDMG, Sergio Gusmão Suchodolski.
Promover o empreendedorismo é fundamental para garantir crescimento econômico, como aponta o vice-presidente do BEI, Ricardo Mourinho Félix. Ele lembra que a resposta rápida do Banco Europeu de Investimento, assinada no ano passado, no contexto da pandemia, ajudou o BDMG a acelerar a captação e a distribuição de fundos destinados a empresas brasileiras.
“Esse novo acordo coloca em evidência as prioridades do BEI na América Latina, ajudando a impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável e inclusivo ao fomentar o investimento produtivo”, afirma .
Projetos apoiados
Cerca de 60% do contrato original BDMG-BEI, de 100 milhões de euros, já foram desembolsados, sendo que a expectativa é destinar os 40% restantes até o primeiro trimestre de 2022. Entre as iniciativas já financiadas estão 15 projetos de geração de energia solar fotovoltaica, três centrais geradoras hidrelétricas e um projeto de iluminação pública eficiente em Minas Gerais. Juntas, as propostas já contribuíram para a geração de mais de 130 gigawatts/hora de energia limpa por ano, evitando a emissão de mais de 11,5 mil toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.