No dia 22 de março deste ano, Michael Ray Hinson, de 53 anos, mudou de casa na cidade de Wilmington, na Carolina do Norte (EUA). Teve o cuidado de levar roupas e pertences pessoais. Deixou poucas coisas para trás, entre elas estava um aquário no qual vivia solitariamente um peixe oscar.
Dias depois, a polícia local entrou na residência e encontrou o animal em estado deplorável. Desnutrido, ele nadava com dificuldade em uma água imunda. Esse ambiente favoreceu o desenvolvimento da spironucleose, ou síndrome do buraco na cabeça (BNC). Provocada por um protozoário, a doença produz sintomas como desnutrição, fraqueza e desânimo.
O caso foi parar na Justiça da Carolina do Norte, que decretou a detenção de Hinson e uma multa de US$ 4.000 (quase R$ 15,5 mil). Ele recebeu três acusações de crueldade e uma de abandono de animal. “Seu peixe foi encontrado faminto e em água com condições deploráveis”, afirma a sentença.
Origem amazônica
Conhecido no Brasil também como apaiari ou acará-açu, o peixe oscar é nativo da América do Sul e é comumente encontrado no rio Amazonas. Chega a 25 centímetros de comprimento (na natureza esse número pode subir para 45 cm) e vive até 20 anos.
Prefere água com pH neutro e não consegue crescer e prosperar em condições pouco satisfatórias. O ideal é que os aquários comportem pelo menos 150 litros.
Inteligente, o peixe oscar é capaz de executar truques como bater a cabeça na parede do aquário para pedir comida. Com um pouco de treinamento, ele permite ser acariciado.
Apesar disso, ele é territorialista e apresenta tendências agressivas. Assim, o mais recomendável é que seja criado por aquaristas experientes.