O Diretor Administrativo e de RH, Alex Fabiano Rocha, e o Gerente de Tecnologia da Informação e Engenharia Clínica, Emanuel Ramos, estiveram no Hospital Nove de Julho, em São Paulo (capital), para conhecer o processo de digitalização de prontuários (SAME Digital), daquela instituição hospitalar. O objetivo do benchmarking, de acordo com o diretor, foi para entender melhor a iniciativa e sua aplicabilidade. “Hoje, nossa forma de preparação, arquivamento, busca e rastreabilidade de prontuários é totalmente em meio físico e manual, no qual temos altos custos de locação de espaço físico e contratação de empresa terceirizada para a guarda destes documentos”, explica.
A Santa Casa de Montes Claros foi pioneira na implementação do Painel de Gestão à Vista, uma ferramenta desenvolvida pela própria Instituição que tem como foco a agilidade na tomada de decisão por parte das equipes multidisciplinares em relação à conduta médica para com os pacientes. Além deste foco, o painel também contribui, de forma significativa, na diminuição do uso do papel, uma vez que as informações estão disponíveis em tempo real através da ferramenta, que é alimentada pela plataforma MV (sistema de gestão hospitalar).
“Iremos contratar um sistema, que trabalha de forma amigável com a plataforma MV, no qual todos os prontuários passarão a ser digitalizados. Dessa forma, com o passar do tempo, iremos eliminar o prontuário físico, que hoje, além de espaço físico, requer um dispêndio financeiro significativo para sua guarda. Ou seja, os prontuários estando armazenados de forma eletrônica, irão contribuir, tanto na agilidade, quanto na busca das informações; o que otimizará ainda mais o tempo na conduta médica e tomada de decisão em relação ao paciente; bem como na economia financeira, uma vez que será uma forma de armazenamento menos onerosa do que no formato físico”, explica Alex Fabiano.
De acordo com o diretor, o próximo passo será a migração do MV 2000 para o MV Soul (atualização de versão do MV); contratação de sistema da GRENN (que realiza a digitalização e indexação dos prontuários); além de treinamento e capacitação da equipe. Ele afirma que o projeto é de médio prazo e deve ter resultados efetivos nos próximos dois anos. “Além dos benefícios já citados, contribuiremos com a sustentabilidade do hospital, colocando a Instituição dentro da metodologia de um ‘hospital sem papel’. Outro fator importante, será a contribuição para o meio ambiente, uma vez diminuiremos o consumo deste item”, esclarece. Atualmente, a Santa Casa Montes Claros já pratica a separação de papel que pode ser reaproveitado para a reciclagem.
Por Ana Paula Paixão