Ícone do site Gerais News

Recorde nas exportações pode se repetir com potencial de crescimento do agro mineiro

Governo aponta diversificação da pauta mineira para destacar expectativa de desempenho ainda mais favorável nas próximas safras

Enquanto o México exporta 80% da sua produção de tequila, apenas 1% da cachaça brasileira, que tem Minas Gerais como um dos mais tradicionais produtores, é comercializada para outros países. “O mundo merece conhecer a nossa caipirinha e o sistema estadual da agricultura vai trabalhar muito para ampliar essas exportações”, afirma a secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini.

Além da cachaça, o setor apícola, lácteos e a fruticultura são alguns dos segmentos que vêm apresentando potencial de crescimento e contribuição para a diversificação da pauta. Hoje, Minas Gerais exporta produtos do agronegócio para 176 países, com destaque para a China, Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão. Em 2021, foi apurado o recorde da série histórica, com US$ 10,5 bilhões.

Café

O potencial de expansão não é diferente quando se trata do produto líder em valor embarcado. “Ano passado, a produção de café alcançou 34,6 milhões de sacas. Se fôssemos um país, o estado seria o maior produtor mundial de café, mas a atividade ocupa somente 1,8% do território mineiro”, avalia a secretária Ana Valentini.

Além da exportação do café como commodity, Minas Gerais vem agregando valor e conquistando mercados com a exportação de cafés especiais. “Ainda há um grande potencial de crescimento, não só para o café, mas para diversos segmentos que são importantes fontes geradoras de emprego e renda”, aponta.

A secretária de Agricultura também destacou o crescimento de 20% no valor das exportações em relação ao ano de 2020. “O agronegócio responde por quase um terço de todas as exportações do estado e esse resultado nos chama a atenção por ter sido conquistado num ano de pandemia, com todas as dificuldades enfrentadas como logística, custo no transporte de navios e a dificuldade da falta de contêineres”.

Principais produtos

Além do café, cujo valor com as exportações, em 2021, alcançou US$ 4,4 bilhões, respondendo por 42% do valor total exportado, destacaram-se o complexo soja com US$ 2,4 bilhões (23%); carnes com US$ 1,2 bilhão (11%); complexo sucroalcooleiro que alcançou US$ 1,1 bilhão (11%) e produtos florestais com US$ 700 milhões (7%). Essas cinco cadeias produtivas respondem por 94% das exportações do agronegócio do estado e todas registraram crescimento no ano passado.

Tecnologias

As tecnologias que garantem a sustentabilidade da produção desempenham um papel fundamental nesse cenário de crescimento. “A produção mineira de grãos (soja, milho e sorgo) tem registrado avanços em função da adoção de tecnologias que visam garantir a sustentabilidade dos processos produtivos, como a integração lavoura, pecuária e floresta, por exemplo”.

Ainda segundo Ana Valentini, tal integração permite a produção de madeira, grãos e o uso de pastagem para o rebanho, numa mesma área. “Isso evidencia a importância da pesquisa, da assistência técnica que leva as metodologias para o produtor e também do trabalho de vigilância sanitária que garante a qualidade dos nossos produtos”, finaliza.

Os dados sobre a capacidade de diversificação da pauta de exportação do agronegócio mineiro foram apresentados durante evento promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede) nessa segunda-feira (7/2). Na oportunidade, o governador Romeu Zema destacou o recorde de exportações e o melhor resultado alcançado dos últimos dez anos.

 

Sair da versão mobile