21 de novembro, 2024

O ano de 2021 foi de muitas especulações acerca de acusações de supostas práticas de assédio sexual e moral que estaria sendo cometidas pelo então Diretor da Empresa Municipal de Transporte e Trânsito de Montes Claros, Wilson Guimarães, popularmente conhecido como Brizolinha, aliado do prefeito Humberto Souto (Cidadania) desde a época que o ex-ministro ocupava cadeira no congresso nacional.

Funcionárias efetivas da MCtrans haviam procurado a Cáritas para relatar os supostos abusos. Na época, a polêmica teve grande destaque na mídia devido a gravidade das acusações, o que levou o próprio Wilson a pedir afastamento do cargo até que fosse finalizado o  processo administrativo de averiguação das acusações que pesavam contra ele.

Esta semana, foi publicado no Diário Oficial do município o arquivamento do processo por falta de provas, deixando Guimarães apto novamente para o exercício do cargo. A expectativa na prefeitura de Montes Claros é que o prefeito assine ainda hoje a nomeação do Brizolinha, que sofreu grandes ataques de grupos ligados ao ex-prefeito Ruy Muniz antes, durante e após a polêmica.

Nossa equipe tentou contato com Brizolinha, mas não obteve êxito. A informação é de que está sendo preparado um café comemorativo pela equipe administrativa na sede da MCtrans, na rodoviária, para celebrar a recondução do Wilson ao cargo. Brizolinha ficou também conhecido após realizar uma revolução no trânsito da cidade através de sinalização e educação de trânsito, um dos maiores feitos da atual administração.

Por outro lado, funcionária da empresa que preferiu não se identificar, disse à nossa equipe que teme retaliações com o retorno do Wilson, já que segundo elas ele tem conhecimento de quem foram as pessoas envolvidas nas denúncias contra ele. “As meninas que foram assediadas estão desesperadas”, relatou a servidora.

Ainda segundo ela, a segurança foi reforçada na rodoviária na manhã desta quinta-feira (10) por temerem uma manifestação por parte de familiares das supostas vítimas.

“Ele sempre falava que iria retornar”, finalizou a funcionária da empresa pública, reforçando o que Guimarães havia dito na época do escândalo à imprensa local: “tenho a consciência limpa e quero que seja averiguado, pois nunca pratiquei nada contra a lei”.

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