22 de novembro, 2024

Tradicionalmente, é escolhido um santo ou santa para ser padroeiro/a das alas de internação da Santa Casa Montes Claros. Na última semana, foi a vez da Unidade AVC receber, oficialmente, sua padroeira: Santa Teresa de Calcutá. A ocasião, que contou com a presença da equipe multidisciplinar que atende no local, foi marcada pela entronização da imagem. “Esta unidade faz muita diferença na vida das pessoas, nada mais interessante que tenhamos uma padroeira para continuar abençoando nossos pacientes e todos que trabalham aqui”, disse Silvânia Paiva, coordenadora assistencial.

A imagem foi recebida ao som de Ave Maria seguida por uma celebração realizada pelo capelão Padre Ildomar Pereira, responsável pela Capela Nossa Senhora das Mercês de Montes Claros. Após o momento de oração, a estátua, que representa enorme significado para os católicos, foi colocada em um local de honra no posto de enfermagem. O momento também contou com um café especial para os presentes e apresentação de um documentário sobre Santa Teresa de Calcutá.

A Unidade AVC Santa Teresa de Calcutá foi inaugurada há quase três anos. Com total de 20 (vinte) leitos credenciados pelo SUS, já passaram pela enfermaria cerca de 2.900 (duas mil e novecentas) pessoas. A estrutura da ala foi financiada em parceria com o Rotary Internacional, viabilizada através do Rotary Distrito 4760. Além da entronização, o médico neurocirurgião Dr. Marcílio Monteiro, anunciou a realização do primeiro simpósio de AVC da Santa Casa Montes Claros. “Será entre os dias 22 e 23 de julho deste ano. Em breve divulgaremos mais informações sobre a ação”, pontuou.

Foto: Hudson Brazil

Santa Teresa de Calcutá
Nascida no dia 27 de agosto de 1910, em Skopje, na Albânia, foi batizada um dia depois de nascer. A sua família pertencia à minoria albanesa que vivia no sul da antiga Iugoslávia. Seu verdadeiro nome era Agnes Gonxha Bojaxhiu. Aos dezoito anos sentiu o chamado de consagrar-se totalmente a Deus na vida religiosa. Obtido o consentimento dos pais, e por indicação do sacerdote que a orientava, no dia 29 de setembro de 1928, ingressou na Casa Mãe das Irmãs de Nossa Senhora de Loreto, situada na Irlanda.

O seu sonho, no entanto, era o trabalho missionário com os pobres na Índia. Cientes disso, suas superioras a enviaram para fazer o noviciado já no campo do apostolado. Agnes então partiu para a Índia e, no dia 24 de maio de 1931, fez a profissão religiosa tomando o nome de Teresa. Foi transferida para Calcutá, onde seguiu a carreira docente e, embora vivesse cercada de meninas filhas das famílias mais tradicionais de Calcutá, impressionava-se com o que via ao sair às ruas: os bairros pobres da cidade cheios de crianças, mulheres e idosos cercados pela miséria, pela fome e por inúmeras doenças.

No dia 10 de setembro de 1946, dia que ficou marcado na história das Missionárias da Caridade – congregação fundada por Madre Teresa – como o “Dia da Inspiração”, durante uma viagem de trem ao noviciado do Himalaia, Madre Teresa deparou com um irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”. A partir disso, ela afirmou ter tido a clareza de sua missão: dedicar toda sua vida aos mais pobres dos pobres. Em 1949, Madre Teresa começou a escrever as constituições das Missionárias da Caridade e, no dia 7 de outubro de 1950, a congregação fundada por ela foi aprovada pela Santa Sé, expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo inteiro anos mais tarde.

No ano de 1979, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Neste mesmo ano, o Papa João Paulo II a recebeu em audiência privada e a tornou sua melhor “embaixadora” em todas as nações, fóruns e assembleias de todo o mundo. Foi beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 19 de outubro de 2003, Dia Mundial das Missões. No dia 4 de setembro de 2016, foi canonizada pelo Papa Francisco. A canonização da missionária foi decidida após a Igreja Católica ter aprovado seu segundo milagre, a “cura extraordinária” de um brasileiro.

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