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Comunicação eficaz: por que é uma habilidade essencial nas organizações?

A comunicação faz parte da vida de todas as pessoas no dia a dia de trabalho. Conseguir transmitir ideias, argumentar, negociar e convencer são habilidades muito desejadas no mundo corporativo.

Por mais simples que possa parecer, afinal, estamos nos comunicando o tempo todo, é uma competência que vai além de simplesmente transmitir uma mensagem. É preciso garantir uma comunicação realmente eficaz. Quando assistimos as palestras e vídeos do Augusto Cury, Jamil Albuquerque, Liamar Fernandes, Brené Brown, Cleiva Coelho, Aurea Regina de Sá, entre tantos outros talentos que admiro e me modelo, é nítido como esses profissionais se comunicam com excelência. Por mais que algumas pessoas tenham uma facilidade natural em comunicação, se trata de uma habilidade que pode (e deve) ser desenvolvida, pois boa parte dos conflitos na rotina de trabalho (e no mundo) são causados por falhas e ruídos na comunicação.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte apontou que os funcionários das empresas no Brasil estão mais insatisfeitos com a comunicação interna no ambiente de trabalho do que com os próprios salários. Por volta de 80% dos entrevistados afirmaram falta de informações sobre as atividades da organização.

Se você tinha alguma dúvida sobre a importância da comunicação eficaz, tenho certeza de que após conferir os dados a seguir, ficará mais claro entender a importância em continuar aprendendo sobre o assunto.

As consequências negativas da comunicação ineficaz

São muitos os problemas que surgem quando a comunicação falha no ambiente de trabalho. As consequências podem ser bem severas para o dia a dia dos colaboradores e os resultados da organização. Alguns dos principais
efeitos negativos são:
• maior número de conflitos;
• insatisfação e desmotivação;
• redução do índice de produtividade;
• maior número de turnover e absenteísmo;
• dificuldade para disseminar mensagens importantes;
• falhas nas tomadas de decisões e execução de projetos;
• aumento de custos devido aos maiores erros cometidos.
 

Mas, afinal, como desenvolver uma comunicação eficaz?

Acredito que todo ser humano tem um potencial enorme dentro de si. Por mais que a comunicação eficaz seja um desafio para muita gente, é possível desenvolvê-la. Para isso, cada um deve, de acordo com as suas singularidades, encontrar os melhores meios para aprimorar esta habilidade.

Compartilho algumas dicas que podem guiar este processo:
Tudo começa com autoconhecimento

Ter clareza sobre os seus pontos de vulnerabilidade, crenças limitantes e conseguir reconhecer e dominar as suas emoções é essencial para se comunicar com excelência. Ao saber como você funciona e está se sentindo, pode ter certeza de que será mais fácil transmitir ideias e dialogar com as pessoas de maneira confiante e persuasiva.

O óbvio deve ser dito

Lembre-se de que o óbvio para você não é para o outro. Ao se comunicar, nunca parta da ideia de que o receptor da mensagem tem as mesmas referências e conhecimentos que você.

É preciso fazer perguntas

O bom comunicador não deve apenas dar as respostas e falar sem dar espaço para o outro. Também é fundamental fazer perguntas e escutar o que a pessoa tem a dizer.

Não se pode justificar a sua comunicação com “o seu jeito de ser”

É comum alguns líderes utilizarem esse tipo de desculpa para continuarem se comunicando sem nenhuma eficiência. O seu jeito de ser não pode ser justificativa para grosserias, falta de escuta ativa e outros problemas na transmissão de uma mensagem.

Conhecer a audiência é fundamental

Todo comunicador eficaz conhece muito bem o seu público: as suas motivações, valores, limitações e crenças. Dessa forma, é capaz de utilizar os argumentos, dados e referências mais apropriados para o momento.

Etiquetas corporativas devem ser seguidas

Um ótimo exemplo são os grupos de WhatsApp corporativos. Quando os colaboradores têm um celular da empresa, devem seguir as boas práticas para garantir uma comunicação eficiente por meio deste canal. Tirar a confirmação
de leitura, por exemplo, pode acabar gerando vários problemas dentro de um time.

Para finalizar, reflita: como você tem se comunicado?

Nem todo mundo tem consciência de como algo aparentemente simples, como a comunicação, pode afetar de diferentes formas relações de trabalho e projetos corporativos. Esse trabalho de reflexão sobre a maneira como nos comunicamos é um dos conceitos da abordagem da comunicação não-violenta, também conhecida como CNV, que nasce do estado da compaixão.

No livro “Comunicação Não Violenta: Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais”, o psicólogo norte-americano, Marshall B, Rosenberg defende que qualquer um pode desenvolver a CNV se conseguir colocar em prática a empatia. Segundo o autor, a comunicação não-violenta visa transformar o processo usual da comunicação em algo mais profundo, que é estruturado a partir de quatro perguntas: O que eu observo? Qual sentimento isso causa em mim? Qual é a minha necessidade? O que eu espero que o outro faça para que a minha necessidade seja suprida?

Ouvir, refletir, estudar, treinar e trocar experiências é o melhor caminho para aprimorar a nossa comunicação e torná-la eficaz. Lembrando: é fundamental mergulhar no autoconhecimento, afinal, na comunicação, o ego é o nosso pior inimigo.

Por Tania de Miranda – Colunista do Portal Gerais News

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