"Abaixo o governo militar genocida de Bolsonaro. Morte ao latifúndio"
Duas professoras de 39 e 43 anos foram presas suspeitas de pichação, na madrugada desta quinta-feira (23), em Montes Claros.
De acordo com a Polícia Militar, durante patrulhamento próximo ao Parque de Exposições João Alencar Athayde, duas mulheres apresentaram atitudes suspeitas ao perceber a aproximação da viatura. Próximo do local tem uma lanchonete conhecida como ponto de venda de drogas e, na primeira abordagem, os policiais realizaram a abordagem pensando que poderiam ter algum entorpecente com elas.
Nada de ilícito foi encontrado e ao serem questionadas do porquê de estarem muito nervosas, as duas que se identificaram como professoras disseram que estavam vindo da casa de uma amiga que supostamente morava no bairro JK e que a mulher de 47 anos estava passando mal com crise de ansiedade. Elas foram liberadas.
Porém, durante patrulhamento pela Avenida Geraldo Athayde, os policiais viram uma pichação recente com a frase “abaixo o governo militar genocida de Bolsonaro. Morte ao latifúndio”. Encontraram ao lado também duas garrafas com tintas vermelhas e a tinta estava fresca. Próximo de onde eles abordaram as professoras encontraram um rolinho com a mesma tinta ainda fresca. Os militares então iniciaram as buscas e encontraram as professoras que entraram em contradição algumas vezes e ao visualizar a gotas de tinta vermelha no sapato de uma delas, elas explicaram dizendo que tinham esbarrado em um rolinho jogado no chão. Observando melhor, os policiais viram uma gota de tinta na máscara de uma delas que levantou ainda mais suspeita. Diante disso, receberam voz de prisão e foram levadas para a delegacia.
Ao contrário do grafite, no Brasil, a pichação é considerada como crime ambiental, nos termos do artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei dos Crimes Ambientais), que estipula pena de detenção de 03 meses a 01 ano, e multa, para quem pichar ou por qualquer meio conspurcar edificação ou monumento urbano.