24 de novembro, 2024

A OAB de Montes Claros tem acompanhado de perto as investigações do homicídio do advogado Alexandre Barra

Atualização sobre o corpo do advogado criminalista, Alexandre Mauro Barra Oliveira, de 34 anos, que foi encontrado enterrado no quintal de uma casa, na noite desta segunda-feira Em Montes Claros. Na manhã desta terça-feira (20), as Polícias Civil e Militar concederam uma entrevista para falar sobre o caso.

Imagens do motorista passando por um pedágio.

Segundo a Polícia Civil, os criminosos teriam concretado a vala onde Alexandre foi encontrado. O advogado estava desaparecido desde o dia 13 de dezembro. A polícia chegou até o local, após prender 3 homens suspeitos de participação na tentativa de homicídio de um motorista por aplicativo, de 28 anos. A vítima contou pra polícia que foi ela quem levou o carro de Alexandre até contagem e abandonado o veículo em um motel. A tentativa de homicídio seria uma queima de arquivo, pois o motorista teria sido flagrado por câmeras de um pedágio. 

Foi a partir dessa ocorrência que a polícia chegou até o imóvel onde o corpo foi encontrado. Os Bombeiros deram apoio à polícia e os trabalhos duraram cerca de cinco horas até que o concreto fosse quebrado e o corpo desenterrado. Vizinhos acompanharam assustados.

Peritos estiveram no local e encaminharam o corpo para o Instituto Médico Legal de Montes Claros. Conforme a perícia preliminar, o corpo estava com a mesma roupa que Alexandre usava no dia em que desapareceu.

Sobre Alexandre

Alexandre foi réu em um processo por uma suposta participação em um homicídio em 2011, mas foi absolvido, conforme o advogado que o defendia. Na época, Alexandre que era conhecido como “Xandão dos Morrinhos” não exercia ainda a advocacia e escutas telefônicas sobre crimes ocorridos na cidade teriam sido interceptadas. Ele chegou a ser preso na “Operação Carcará” que prendeu 12 nomes conhecidos do crime na época em que Montes Claros teria registrado 108 homicídios no ano. Nessa operação foram presos nomes como Denison de Oliveira Araújo, o “Minhoca”; Elton Junior Carlos Veloso, o “Juninho”; Washington César Barbosa;, Alan Rodrigues Santos Rocha, o “Neguinho”; Leandro Silva Rezende, o “Leo Caju”; Alvilmar Marcos Barbosa Santos, o “Marcão do Morrinhos”; Denis Leite Barretos Silva; Aguinaldo Afonso Pereira Junior, o “Pai Cura”; Marcelo Edson Souza Santos; Marcos Aurélio Dias Nascimento; Edvaldo Rocha Sales e Alexandre Mauro Barra Oliveira, o “Xandão”, além de um adolescente.

Atualmente, Alexandre respondia por tráfico e uso de drogas. Um terceiro processo, por roubo majorado, teria prescrito. Até o momento, a polícia não informou se os processos teriam ligação com o homicídio e os suspeitos presos também não informaram a motivação do crime. As investigações vão continuar e a polícia não descarta a participação de outras pessoas no assassinato.

Uma das linhas de investigação é de que Xandão poderia estar atuando como agiota e os suspeitos estariam devendo dinheiro para ele. A OAB informou que não acredita que a atuação dele como advogado criminalista seja um dos motivos do crime.

 

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