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182 homossexuais suicidaram em Montes Claros entre 2007 e 2017, aponta estudo da Aliança LGBTQIA+

Audiência Pública discute políticas públicas de saúde mental e rede de atenção psicossocial em Montes Claros

Dos 23 vereadores de Montes Claros, apenas 6 parlamentares participaram da audiência pública proposta pela vereadora do Partido dos Trabalhadores, Professora Iara Pimentel, na manhã desta quinta-feira (24), no plenário da câmara municipal.

A audiência discutiu políticas públicas de saúde mental e rede de atenção psicossocial na cidade, contando com participação de representantes de entidades filantrópicas que lutam contra a homofobia e pela inclusão dos LGBTS na sociedade.

Além da transexual Letícia Imperatriz, representante da Aliança Estadual LGBTQIA+ em Montes Claros e do presidente da Associação Arco-íris do Amor, Lucas Pereira, também participaram da mesa de trabalhos o representante da OAB Diversidade e do projeto LGBT da Universidade Estadual de Montes Claros. Profissionais da área da saúde mental compuseram a mesa.

O Coordenador da Defensoria Pública, Dr. Claudio Henrique, participou das discussões propostas, bem como o procurador da prefeitura, o advogado Otávio Rocha.

Presidida pelo vereador Rodrigo Cadeirante, a audiência ficou acalorada no momento em que a socióloga Letícia Imperatriz cobrou a presença da vereadora Maria Helena Lopes, presidente da Comissão de Saúde da câmara, e disse que a mesma não teria acatado o pedido da realização da audiência solicitada pelas entidades à comissão. Da mesma forma, o presidente da Associação Arco-íris do amor, Lucas Pereira, cobrou a presença da parlamentar, se demonstrando insatisfeito pela morosidade em marcar a audiência.

“Cadê a Secretária de Educação? Estamos aqui para discutir um tema importante. Saúde mental se tornou ainda mais importante após a pandemia e quando sentamos para tentar resolver o problema que afeta as pessoas mais simples acabamos tendo que falar para nós mesmos, pois o vice-prefeito deveria está aqui, as secretárias municipais de saúde e educação também deveriam se fazer presente”, desabafou Imperatriz.

Após as críticas que apontaram a atual administração municipal como apenas fazedora de asfalto, o vereador Cláudio Rodrigues (Cidadania) fez uso da palavra para dizer que a qualidade de vida que a prefeitura está levando à população tem levado não só asfalto, mas qualidade de vida, educação e progresso às pessoas simples das periferias. O parlamentar ressaltou várias ações do município em benefício à população.l, inclusive construção de escolas.

Ao final da fala do vereador, a socióloga Letícia Imperatriz voltou a disparar: “vereador Cláudim, me senti desrespeitada com a sua fala, pois esta prefeitura nunca foi de inclusão. Eu era sociologa da prefeitura e quando me transformei numa transexual fui demitida por preconceito no momento em que o senhor estava como Secretário de Planejamento e Gestão. Fui obrigada a me prostituir porque vocês não me deram o emprego”.

O Procurador do Município, Otávio Rocha, anotou todas os questionamentos e reivindicações para deliberar com os responsáveis por cada setor, tendo colocado a prefeitura à disposição das discussões que forem necessárias.

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