No dia 5 de setembro, o Museu Regional do Norte de Minas inaugurou a exposição “Aldeia do Amanhã” de Auiri Tiago artista norte-mineiro. A exposição retrata a experiência do autor, que passou mais de 40 dias imersos na Aldeia Nânsepotiti, no território indígena do povo Panará, por meio de imagens impactantes.
Auiri Tiago busca, com essa exposição, promover o diálogo e a reflexão sobre os povos indígenas no Brasil, destacando a importância de preservar suas culturas e tradições. Ele enfatiza a oportunidade de ampliar o conhecimento sobre a diversidade cultural do país e valorizar os povos indígenas, incentivando uma reflexão profunda sobre a preservação das tradições e ancestralidades.
É relevante mencionar que a abertura coincidiu com as vésperas do Dia da Independência do Brasil, 7 de setembro, quando os indígenas também têm destaque em suas lutas pela preservação de suas terras. Isso nos leva a citar um trecho do texto do professor João Paulo Peixoto, que oferece uma narrativa enriquecedora, embasada em fatos históricos.
Ele destaca a importância do debate acerca dos povos originários na formação do Brasil, salientando que “das matas às vilas, por meio de rebeliões ou registros escritos, os povos indígenas desempenharam papéis políticos variados na independência do Brasil”. João Paulo Peixoto Costa, professor do Instituto Federal do Piauí, é o autor dessas palavras, que publicadas no “Blog da Independência” que ressoam como um lembrete crucial da influência indígena na história do país. Algo que ficou muito presente das palavras, fotografias e obras de arte do artista multifacetado Auiri Tiago descrevendo a exposição como uma conexão entre passado e futuro, utilizando o conceito de “Aldeia” como o local onde vivemos e o termo guarani “Kroken Priãn” para representar o futuro, promovendo uma reflexão sobre o respeito e a preservação da ancestralidade.
A exposição é dividida em três ambientes, exibindo fotografias que capturam momentos únicos vividos pelo autor com o povo Panará. Além disso, há uma sala escura que proporciona uma reflexão profunda sobre a cultura indígena.
Durante a inauguração, Auiri Tiago convidou os presentes a participarem de um momento de conexão com a Mãe Terra, compartilhando as emoções vivenciadas durante seu tempo na Aldeia. Todos os convidados foram profundamente tocados por esse momento de reflexão.
Para aqueles que não puderam comparecer à abertura, a exposição permanecerá aberta ao público do Norte de Minas até 29 de setembro, no Museu Regional de Montes Claros. Os interessados em adquirir fotografias ou obras de arte podem entrar em contato com Auiri Tiago ou obter informações diretamente no Museu Regional, localizado no Corredor Cultural, no centro de Montes Claros.