Montes Claros está imersa no ambiente do 37º Festival de Arte Contemporânea Psiu Poético, que teve início na quarta-feira, 4 de outubro, marcando o Dia Municipal da Poesia. O evento continuará até 12 de outubro, oferecendo uma programação extensa. O festival é organizado pelo Grupo de Literatura e Teatro Transa Poética, com o apoio da Prefeitura de Montes Claros, através da Secretaria Municipal de Cultura, e conta com a colaboração da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
Com entrada gratuita, o festival apresenta poesias e poemas de escritores de todo o país, em exposição na Galeria Godofredo Guedes, localizada no Centro Cultural Hermes de Paula. Além disso, destaca-se a criação especial do artista plástico João Rodrigues, intitulada “Instalação,” inspirada na obra do artista Hélio Oiticica (1937/1980), também conhecida como “Penetrável Oiticica.”
A programação inclui lançamentos de livros, performances poéticas e musicais, bem como a exibição de filmes. Durante as atividades, será lançado o projeto “Psiu Poético – rumo aos 40 anos.”
Na manhã de quarta-feira, ocorreu o evento “Despertar Poético pelas Ruas da cidade,” com a participação de poetas, professores, estudantes, músicos, atores, bailarinos, agentes culturais e membros da comunidade. Liderados pelo idealizador e curador do Psiu Poético, o poeta Aroldo Pereira, o grupo se reuniu na Praça da Matriz, em frente ao Centro Cultural, para uma performance musical no coreto e, em seguida, seguiu pelas ruas centrais em direção à Praça Doutor Carlos.
A abertura oficial da exposição de poesias e poemas do Festival Psiu Poético ocorreu na noite de quarta-feira, no Centro Cultural, com leituras de poemas, lançamentos de livros e noite de autógrafos com escritores homenageados no festival, incluindo Ivana Rebello (“Pequeno Dicionário das Palavras (des)ditosas”), Fábio Gonçalves (“Sentidos”), e Jorge Amâncio (“Haikus em Preto e Branco”). Também estão previstas performances poéticas e musicais, como “O Monstro da Perfeição” por Rodrigo Leste e “Gente nua” com o cantor e compositor Élcio Lucas e sua banda.
Análise das obras do vestibular tradicional da Unimontes Dentro da programação do Psiu Poético, na quinta-feira (5/10) às 15 horas, no Centro Cultural, haverá uma análise das obras indicadas para o vestibular tradicional da Unimontes em 01/2024. As provas estão agendadas para 10 de dezembro, e a análise será conduzida por professores palestrantes, incluindo Marina Couto Ribeiro, Márcio Adriano Morais, Haroldo Prates, Guilherme Rodrigues e Patrícia Soares, em duas sessões, das 15h às 16h30min e das 16h30min às 18 horas.
As obras indicadas para o vestibular próprio da Unimontes 01/2024 incluem “Grande Sertão: veredas” de Guimarães Rosa, “Vidas Secas” de Graciliano Ramos e “Hora da Estrela” de Clarice Lispector.
O curador do Festival Psiu Poético, Aroldo Pereira, destaca que as palestras sobre os livros indicados para o vestibular da Unimontes serão de acesso gratuito, com a solicitação de que cada estudante contribua com um quilo de alimento não perecível, que será doado a famílias carentes.
Exibição do documentário de Murilo Antunes no Museu Regional O 37º Festival Psiu Poético também inclui uma atividade no Museu Regional do Norte de Minas (MNM), ligado à Unimontes. Em 11 de outubro, às 19 horas, o Museu Regional exibirá o documentário “Como se a vida fosse música,” com a presença do compositor Murilo Antunes, natural de Monte Azul, Vale do Jequitinhonha, e membro do Clube da Esquina, um dos maiores movimentos musicais do Brasil.
Murilo Antunes, que residiu em Montes Claros por 10 anos, destaca a importância da cidade em sua obra e explica que o documentário é um resumo de sua carreira, incluindo contribuições para músicos renomados como Beto Guedes, Milton Nascimento e outros integrantes do Clube da Esquina.
Este evento oferece uma oportunidade única de apreciar a obra de Murilo Antunes e sua conexão com Montes Claros, enriquecendo ainda mais o 37º Festival Psiu Poético.