22 de novembro, 2024

(Foto divulgação)

 

Em Montes Claros, um homem de 51 anos foi detido em flagrante durante a quarta-feira (6) sob a acusação de armazenar material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. A prisão ocorreu no âmbito da operação Bad Vibes, focada no combate à exploração sexual de menores através da internet.

A Polícia Civil de Minas Gerais, em colaboração com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, conduziu a operação Bad Vibes nesta quarta-feira (6). A ação resultou no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão em dez cidades mineiras, com duas prisões em flagrante. O foco da operação é o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes no ambiente virtual em todo o país.

As buscas foram realizadas em Araxá, Belo Horizonte, Congonhas, Cuparaque, Ipatinga, João Pinheiro, Juiz de Fora, Lagoa Santa, Montes Claros e Pirapora. O chefe do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes, Adriano Assunção Moreira, destaca que os alvos são indivíduos envolvidos no armazenamento, compartilhamento e venda internacional de conteúdos de exploração sexual.

Durante a operação, foram apreendidos aparelhos eletrônicos, e dois homens, de 45 e 51 anos, foram presos em flagrante em João Pinheiro e Montes Claros por armazenar material pornográfico infantojuvenil.

A chefe da Divisão Especializada, Cristiana Angelini, explica que os objetos apreendidos serão periciados pelo Laboratório de Crime Cibernético da PCMG. Há indícios de comércio internacional de material pornográfico por um dos suspeitos.

Os detidos foram encaminhados ao sistema prisional após os procedimentos de polícia judiciária. A operação contou com a colaboração de equipes policiais locais na execução dos mandados.

Coordenada pela Divisão Especializada de Investigação aos Crimes Cibernéticos e Defesa do Consumidor da PCMG, com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a operação Bad Vibes é um desdobramento da fase anterior realizada em 10 de outubro, que resultou em 47 mandados de busca e apreensão e 22 prisões em flagrante em 13 estados.

A delegada Cristiane Angelini destaca que a operação teve início com informações da agência da Homeland Security Investigations (HSI) da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília, baseadas em apurações na África do Sul, em Pretória. A investigação identificou alvos no Brasil, incluindo em Minas Gerais.

As investigações continuam para identificar mais alvos e possíveis vítimas. No Brasil, as penalidades para esse tipo de crime variam de um a quatro anos de prisão para o armazenamento, de três a seis anos para o compartilhamento e de quatro a oito anos para a produção de conteúdo relacionado à exploração sexual.

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