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Negligência médica: Cirurgião João Couto Neto indiciado por homicídio após 42 mortes e 114 lesões em investigação

(Foto divulgação)

 

 

Médico do Rio Grande do Sul é indiciado por homicídio após suspeita de causar 42 mortes. O cirurgião João Batista do Couto Neto, suspeito de ocasionar a morte de 42 pacientes e causar lesões em outros 114, foi formalmente indiciado por homicídio doloso em três inquéritos, conforme revelado pela Polícia Civil. As investigações, relacionadas a casos em Novo Hamburgo, foram encaminhadas ao Poder Judiciário em novembro, com a informação tornada pública nesta terça-feira (12).

O delegado Tarcísio Kaltbach, responsável pelo caso, destacou que os indiciamentos referem-se a investigações sobre a morte de dois homens e uma mulher, enquanto 39 casos de homicídio e 114 de lesão corporal envolvendo o médico ainda estão em curso.

Apesar da ausência de restrições desde outubro, permitindo que João Couto retome procedimentos médicos, seu advogado afirma que, por enquanto, ele optou por não realizar cirurgias. O médico enfrenta alegações de práticas médicas questionáveis, incluindo excesso de cirurgias diárias e procedimentos desnecessários, levando a relatos de pacientes com graves consequências.

A história remonta a uma operação policial em dezembro do ano passado, quando mandados de busca foram executados no hospital e na residência de Couto em Novo Hamburgo, relacionados a suspeitas de envolvimento em cinco mortes. Desde então, várias testemunhas, incluindo ex-pacientes, denunciaram suas experiências, destacando o suposto comportamento negligente do médico.

Entre os relatos, um paciente descreveu complicações pós-cirúrgicas significativas após um procedimento para tratar hérnia umbilical, enquanto outra paciente revelou ter sido operada desnecessariamente para remover um nódulo no intestino, inicialmente diagnosticado como câncer raro. Uma técnica de enfermagem que trabalhou com Couto também mencionou a surpreendente quantidade de cirurgias diárias realizadas pelo médico.

Couto, de 47 anos, registrado no Conselho Regional de Medicina de São Paulo em fevereiro deste ano, enfrenta sérias acusações e está sob investigação por sua conduta médica, suspeita de ter causado danos irreparáveis aos pacientes que confiaram em seus cuidados.

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