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Policial Militar morto por preso em “saidinha” tem órgãos doados; criminosos têm prisão preventiva mantida

 

 

No domingo (7.jan.2024), a Polícia Militar de Minas Gerais confirmou a morte do policial militar Roger Dias da Cunha, de 29 anos, baleado na cabeça durante um confronto em Belo Horizonte. O autor dos disparos estava em “saidinha” de Natal, sendo liberado temporariamente da prisão. Roger da Cunha foi atingido na noite de sexta-feira (5.jan), durante uma perseguição a um carro roubado por dois suspeitos.

Após o incidente, os criminosos desembarcaram e tentaram fugir. Roger da Cunha deu ordem de parada, mas um dos suspeitos reagiu com uma arma de fogo, atingindo o policial na cabeça e na perna. Os dois autores do crime foram presos em flagrante pela Polícia Civil. O porta-voz da PM afirmou que o autor dos disparos tem 18 registros policiais e deveria ter retornado da “saidinha” em 23 de dezembro de 2023. O outro envolvido possui 15 registros policiais.

Após o falecimento de Roger Dias da Cunha, a família decidiu doar seus órgãos, uma decisão tomada na segunda-feira (8) horas depois de ser confirmada a morte cerebral do militar. O corpo será sepultado nesta terça-feira (9) em um jazigo de honra da PM no cemitério Bosque da Esperança, na região Norte de Belo Horizonte.

O autor dos disparos, Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, estava foragido após ser beneficiado pela “saidinha de Natal”. Ele possui 18 boletins de ocorrência por crimes como roubo, ameaça e tráfico de drogas. O Ministério Público foi contra sua saída do sistema prisional, mas o benefício foi concedido pela juíza Bárbara Isadora Santos Sebe Nardy, da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves.

A Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) emitiu comunicado no domingo (7), considerando “lamentável” vincular o ataque ao policial militar Roger Dias da Cunha à decisão que concedeu a saída temporária ao suspeito. A entidade destacou que o caso reflete problemas como a desigualdade social e uma sociedade “cada vez mais violenta”.

No domingo (7), Welbert de Souza Fagundes e Geovanni Faria de Carvalho, outro suspeito do crime, tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva após audiência de custódia no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte.

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