21 de novembro, 2024

 

Prefeitura realiza ação no antigo Prontomente/ Fotos: Fábio Marçal

A Prefeitura de Montes Claros, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), continua atenta e em constante monitoramento de diversos locais favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Na manhã dessa segunda-feira, 5, uma equipe de agentes de combate a endemias (ACE) esteve no espaço onde por muitos anos funcionou o Hospital Prontomente (bairro Vila Regina, próximo ao centro da cidade). O local recebeu recorrentes denúncias de moradores, que suspeitavam da existência de focos do mosquito.

Embora não esteja em funcionamento, existem guardas e vigias no local, e a equipe do CCZ responsável pelo território monitora o espaço de 10 em dias. Quando focos são encontrados, os agentes os eliminam, prevenindo a reprodução do mosquito.

Robson Santos, agente de combate a endemias, explica que a conscientização da população é de fundamental importância para que o mosquito seja erradicado. “A maioria dos focos estão nas casas. Realizamos visitas constantes e fazemos nosso papel, mas a população precisa contribuir e fazer uma limpeza de rotina nos quintais”, disse o servidor.

Vale destacar que o município divulgou recentemente o primeiro LIRAa (Levantamento do Índice de Infestação do Aedes aegypti) do ano. Realizado entre os dias 15 e 24 de janeiro, o índice apresentou números que requerem atenção, já que 8,3% dos imóveis visitados possuíam focos do mosquito, um crescimento em relação ao último LIRAa de 2023 (realizado entre os dias 30 de outubro e 10 de novembro), que foi de 5,96%.

O crescimento, impulsionado pelas fortes chuvas das últimas semanas, certamente teria sido maior não fossem as diversas ações da Prefeitura, realizadas nos últimos meses, para conter o avanço do mosquito. Entre essas ações destacam-se a intensificação das visitas domiciliares e educativas, mutirões de limpeza, resgate de casas fechadas e bloqueios de transmissão com UBV portátil, sempre priorizando as microrregiões com maiores índices de infestação e casos notificados.

Vale lembrar que, para o Ministério da Saúde, índices inferiores a 1% são considerados como baixo risco; 1% a 3,9%, médio risco; e acima de 3,9%, alto risco de infestação do Aedes.

Os locais em que foram encontrados criadouros do Aedes aegypti com maior frequência foram:

– Depósitos móveis: vasos c/ plantas aquáticas, frascos com água, pratos de suporte para plantas, recipientes de degelo de geladeiras, bebedouros de animais, reservatório de climatizadores : 47,6%.

– Depósitos fixos: tanques de alvenaria, depósitos em obras, piscinas, sanitários em desuso, caixas de passagens, ralos, canaletas e peças arquitetônicas: 19,2%.

– Depósitos ao nível do solo: Armazenamento de água para consumo doméstico (barril, tina, tonel, tambor, depósito de barro, tanque, poço, cisterna, cacimba, etc.): 17,7%.

Denúncias da população sobre focos do mosquito podem ser feitas através do telefone (38) 2211-4400.

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