Após inúmeras denúncias de moradores e trabalhadores da região rural de Coração de Jesus, nossa equipe de reportagem foi até o município para averiguar os supostos crimes ambientais cometidos pelas empresas São Lourenço Empreendimentos e TTG Brasil, ambas ligadas ao BTG Pactual.
Segundo moradores, a empresa teria cortado dezenas de pés de pequi e os enterrados, além de outros nativos do cerrado. A ação estaria acontecendo desde 2020, no período noturno, evitando que moradores pudessem denunciar aos órgãos competentes o esquema que prejudicou dezenas de trabalhadores rurais. Segundo fontes, no ano de 2019, a São Lourenço Empreendimentos Florestais teria sido acusada contra Crimes Contra o Meio Ambiente, Crimes Previstos na Legislação, Patrimônio Genético, Crimes contra a Flora.
Para a população local e ambientalistas, é preocupante ver empresas envolvidas em atividades que causam danos ambientais, especialmente quando isso afeta ecossistemas delicados e espécies naturais.
Episódios corriqueiros de incêndios também estariam causando estrondosos prejuízos à fauna e à flora do município norte mineiro, conforme explica especialistas.
Em conversa com nossa equipe, moradores contaram que as queimas têm impactado a região de forma negativa, uma vez que as regiões atingidas ultrapassaram as áreas das empresas, afetando as terras de terceiros, que eram utilizadas por pequenos produtores de alimentos.
Especialistas explicam que um dos danos mais preocupantes seria no lençol freático, aumentando o risco de contaminação da população através da água.
É importante que essas denúncias sejam investigadas de forma rigorosa e transparente para garantir que a justiça seja feita e medidas corretivas sejam implementadas.
“Temos vivido momentos de pavor desde que as empresas TTG Brasil e São Lourenço Empreendimentos chegaram aqui. Sabemos que eles não possuem licenças ambientais para realizarem o que deveria ser limpeza de área”, desabafou N. P. S, que preferiu não se identificar por medo de retaliações.
Ainda de acordo com o denunciante, assim que a empresa chegou na cidade, foi prometido geração de emprego e renda, mas agora só amargam a tristeza de verem seus pequizeiros e nativos queimados e enterrados. “Estamos vendo doações chegando, inclusive para associações. Será que é uma forma de tentar nos calar? Nossa gente é humilde sim. Porém, somos honestos, não temos preço. Temos valor”, concluiu o autônomo.
Em contato com proprietários da Carvoeira que gera mais de 100 empregos na região, fomos informados que já foram encaminhadas ao Ministério Público todos os documentos comprobatórios para averiguação dos crimes e a devida punição dos supostos responsáveis pelos irreparáveis danos causados ao meio ambiente e à população.
*Da redação Gerais News