Nesta quinta-feira (18), em Januária, Norte do estado, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu preventivamente uma mulher, de 42 anos, investigada por se passar por advogada e aplicar golpes contra idosos. A Justiça ainda autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão para três endereços ligados à suspeita, bem como a interdição do imóvel onde ela atendia as vítimas, em Cônego Marinho, na mesma região. Durante a ação, o marido dela também foi preso em flagrante por posse de arma de fogo.
A investigação teve início depois que as vítimas, pessoas idosas e com baixa instrução, procuraram a Delegacia de Polícia Civil para denunciar a conduta da suposta advogada. Elas relataram que a mulher teria usado seus documentos para efetivar empréstimos e saques em instituições financeiras, sendo os valores transferidos para conta dela.
Os levantamentos revelaram que a suspeita não é advogada e teria montado escritório nas cidades de Cônego Marinho e Bonito de Minas com o pretexto de prestar assessoria jurídica a pessoas interessadas em aposentadoria, auxílio-doença, entre outros serviços.
Conforme apurado, em razão da falsa profissão, a investigada construía uma relação de confiança, atraía as vítimas e, posteriormente, aplicava os golpes financeiros.
Desdobramentos
O delegado Willian Araújo, responsável pela investigação, conta que, a partir dos elementos colhidos, a PCMG representou por medidas cautelares contra a suspeita.
Durante as buscas realizadas na residência dela em Januária, na propriedade em área rural de Cônego Marinho e no estabelecimento em que ela atuava, os policiais civis apreenderam computadores, celulares e documentos pessoais de terceiros. Houve, ainda, a apreensão de duas espingardas. “Em razão disso, o marido dela foi preso em flagrante por posse de arma de fogo”, explica.
Araújo informa que a mulher é investigada por furto qualificado e estelionato, sendo que, até o momento, seis idosos vítimas foram identificados, porém, é possível que existam outros. “É de extrema importância a denúncia, visando à responsabilização da suspeita pelos crimes cometidos, os quais ocasionaram vultosos prejuízos financeiros para pessoas de baixa renda”, finaliza o delegado.
A suspeita e o companheiro dela encontram-se à disposição da Justiça.