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Família ou quadrilha? Ex-prefeito de São João das Missões e seus familiares são denunciados pelo MP por suposto roubo de dinheiro da prefeitura

A reportagem do GN teve acesso aos altos do processo criminal que tramita na comarca da cidade de Manga, que tem como objeto a denúncia contra ex-prefeito de São João das Missões, José Nunes, e de seus familiares, que ocupavam cargos de confiança em sua gestão, além de diversos companheiros políticos.

O valor do suposto rombo nos cofres da prefeitura é de aproximadamente R$ 3 milhões, causando enorme prejuízo ao erário público. De acordo com a denúncia, o Ministério Público de Minas Gerais apurou que os valores desviados seriam do Fundo de Participação dos Munícipios (FPM) e de recursos da saúde e da educação.

Segundo especialistas, as provas contidas nos altos são robustas e sinalizam que realmente houve um esquema de corrupção entre prefeito, familiares e aliados políticos.

Os desvios dos recursos teriam acontecido através da confecção de cheques assinados pelo ex-prefeito, nominado a ele mesmo, aos familiares e servidores públicos ligados ao ex-chefe do executivo. Os cheques eram sacados diretamente na ‘boca do caixa’, no banco.

O MP apontou ainda que os valores sacados não se referiam à remuneração, indenização ou pagamento de contratos firmados pelos denunciados com o município. Além de José Geraldo da Rocha, acusado de receber o montante de R$ 143 mil e Carlito Figueira de Souza, acusado de receber mais de R$ 600 mil, mais 16 pessoas estariam envolvidas no esquema fraudulento.

O ex-prefeito José Nunes é novamente pré-candidato a prefeito de São João das Missões ao lado de Jose Geraldo, que também foi denunciado por desviar recursos da prefeitura municipal

Todas as cópias dos cheques utilizados para sacar o dinheiro desviado foram juntadas nos altos do processo, totalizando centenas de cheques.

No último dia 17 de julho, a juíza da comarca, Dr. Laura Helena Xavier, recebeu a denúncia do Ministério Público, decretando o afastamento imediato de um dos denunciados da função que ainda ocupava na prefeitura, bem como concedeu liminar determinando sequestro de bens e valores que tenham em nome dos denunciados.

 

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