A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou nesta terça-feira (6), em Montes Claros, região Norte do estado, a operação “Huracán”, visando o cumprimento de nove mandados de Busca e Apreensão, expedidos em desfavor de 15 membros de uma associação criminosa, com nacionalidade estrangeira, sul-americana, voltada para o crime de agiotagem, extorsão e usura. Durante a ação, os policiais civis apreenderam aproximadamente R$ 80 mil reais, valores em moedas estrangeiras, anotações, máquinas e cartões.
Investigação
A investigação conduzida pela Delegacia de Operações Especiais (DIE) identificou inicialmente 15 pessoas, de origem colombiana, integrantes de um grupo criminoso que estaria prometendo empréstimos com análises facilitadas, contrapartida, cobrando juros abusivos, em alguns casos, de até 30% do valor.
Segundo o delegado da Polícia Civil, Cezar Salgueiro, responsável pela investigação, durante as diligências a equipe identificou que a associação criminosa era violenta quando as vítimas não realizavam o pagamento. “ Durante as cobranças, eles agiam por meio de grave ameaça e violência, na maioria das vezes, com utilização de arma de fogo para intimidar as vítimas. Dessa forma, quando não recebiam os valores dos empréstimos, eles efetuavam disparos contra a residência destas pessoas para intimidá-las”, explicou o delegado.
Desdobramentos
A apuração possibilitou a reunião de um conjunto probatório robusto que resultou na representação cautelar de busca e apreensão em desfavor deles. Durante seu cumprimento, foram apreendidos aproximadamente R$80mil reais em espécie, moedas estrangeiras (dólar, Euro e Pesos Chileno e Colombiano), cartões de apresentação dos serviços de empréstimos, alguns já demonstrando os valores desproporcionais que seriam cobrados, bem como, cadernos e registros de contabilidade dos empréstimos abusivos e das vítimas. Foram apreendidos também, anotações com rotas de cobrança, valores a receber e celulares.
Segundo o delegado, a primeira fase da operação se concentrou na coleta de indícios, sendo que todas as provas serão analisadas pela equipe e perícia criminal objetivando subsidiar a investigação em trâmite. “O inquérito encontra-se em andamento e os envolvidos poderão responder pelos crimes de associação criminosa, usura e extorsão, na medida de suas responsabilidades “, finalizou Cezar.