Com salários defasados, os socorristas de carreira do Samu Macro Norte organizaram um movimento paredista no dia 26 de junho deste ano, buscando a valorização salarial. A categoria saiu às ruas em carreata, chamando a atenção da sociedade para a precarização das condições de trabalho na entidade.
Segundo representantes do SindSaúde, a média salarial dos trabalhadores é de R$ 1.500,00. “A decepção dos servidores com as condições de trabalho é ainda maior. Durante a manifestação, eles denunciaram a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) e o sucateamento das ambulâncias”, divulgou o site institucional do sindicato.
Durante as manifestações, os servidores clamaram por reajuste salarial e valorização profissional. Ainda segundo o SindSaúde, a categoria espera que, com a unidade dos trabalhadores em torno das justas e urgentes reivindicações, os gestores do SAMU-CISRUN atendam a pauta dos servidores.
Questionado sobre o problema enfrentado pelos funcionários do Samu Macro Norte, o médico radiologista, deputado estadual e presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Arlen Santiago, ressaltou que a entidade vem sofrendo desmandos há muito tempo, desde a época de um ex-prefeito que hoje cumpre prisão em regime fechado por supostas práticas de abuso sexual infantil.
De acordo com Santiago, é lamentável que cabos eleitorais do deputado federal Paulo Guedes (PT) estejam no Samu ganhando salários superiores a R$ 5 mil, enquanto servidores que realmente trabalham precisam ir às ruas em busca de salários dignos e melhores condições de trabalho. O deputado alertou sobre a necessidade de acabar com o esquema de empreguismo dentro do consórcio de urgência e emergência, mas garantiu que nas próximas eleições haverá uma união importante para recuperar o Samu e, enfim, reconhecer os servidores.