Funcionários efetivos do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas (Cisrun) procuraram a coluna de Maicon Tavares para denunciar um esquema de gratificações irregulares no Samu Macro Norte. De acordo com os relatos, funcionários contratados, supostamente ligados ao grupo político que controla a entidade há anos, estariam recebendo uma gratificação de 50% sobre seus salários. Essa prática teria favorecido cerca de 600 pessoas, inchando o consórcio com apadrinhados políticos.
O mais grave, conforme os denunciantes, é que o Cisrun, mesmo obrigado pela Lei de Transparência, não tem atualizado seu portal com as informações devidas, como o número de funcionários, gastos e contas. Essa falta de transparência dificulta o controle e fiscalização, não apenas pela população, mas também pelas prefeituras que contribuem financeiramente para o funcionamento da entidade, que depende de recursos federais, estaduais e municipais.
Além das gratificações suspeitas, a denúncia sugere que prefeitos e gestores municipais têm enfrentado barreiras para acessar dados essenciais sobre o destino dos recursos repassados ao Samu Macro Norte. As prefeituras, que deveriam ter acesso irrestrito a essas informações, estão sendo mantidas no escuro, ampliando a suspeita de má gestão e favorecimento político.
Essa situação levanta sérios questionamentos sobre a gestão dos recursos públicos e a imparcialidade na administração do Samu Macro Norte, colocando em cheque a integridade de uma entidade que deveria priorizar o atendimento de urgência à população, mas que, ao que tudo indica, está sendo utilizada para fins políticos.
Essa matéria poderá ser atualizada a qualquer momento, caso a direção do CISRUN emita nota de esclarecimento sobre as gratificações.