São mais de R$ 80 milhões até o momento destinados a levar água tratada e esgotamento sanitário a localidades, distritos e comunidades rurais distantes dos centros urbanos em todas as regiões de Minas - Foto: Copasa | Divulgação
Às vésperas de completar 18 meses de trabalhos nas localidades mais remotas do Estado, o programa Universaliza Minas, lançado pela Copasa em 5 de maio de 2023, alcançou a marca de 56 mil pessoas beneficiadas com o saneamento básico.
São mais de R$ 80 milhões até o momento destinados a levar água tratada e esgotamento sanitário a localidades, distritos e comunidades rurais distantes dos centros urbanos em todas as regiões de Minas. E esse é só o começo. Até o final de 2026, serão R$ 305 milhões, beneficiando diretamente 234 mil pessoas, mas impactando um total de 290 mineiros em todo o Estado.
Pioneiro no Brasil, o programa é considerado uma “virada de chave dentro da Companhia” pelo presidente da Copasa, Guilherme Duarte, pois não só segue a uma determinação imposta pelo Novo Marco do Saneamento, mas atende a uma reivindicação histórica da população que vive em localidades de baixa densidade populacional, geralmente sem água potável nas torneiras, sem esgoto tratado, vivendo em condições não aceitáveis para os dias de hoje.
“Vivemos uma nova realidade que o Novo Marco do Saneamento trouxe, que é o saneamento rural. A Copasa saiu à frente disso no Brasil e tem se destacado, por meio do Universaliza Minas. Até 2026, temos planejado mais R$ 386 milhões chegando com a água e com esgoto na casa de 290 mil pessoas em saneamento rural”, enfatizou o presidente.
Exemplo disso é a jovem atendente Bruna Botelho, moradora da Vila Mauriceia, um bairro pertence a Montes Claros, no Norte de Minas, onde a chegada recente do saneamento básico já impacta a vida dela e de outros mil moradores da região. Há 18 anos vivendo no local, que acabou de ser regularizado pela prefeitura, Bruna lembra dos tempos difíceis.
“A gente vivia aqui em meio ao esgoto a céu aberto, expostos a diversas doenças, o que prejudicava demais nossa saúde. Também porque a água que conseguíamos não era segura para beber. Hoje nossa vida está bem melhor com a água potável”, conta a moradora. Perto dali, a catadora de recicláveis Alessandra Pereira da Silva comemora a chegada do serviço. “Melhorou demais nossa vida!”, relatou ela.
Além da Vila Mauricéia, outros dois bairros – São Lourenço e Vila Castelo Branco, totalizando mais de 3 mil pessoas, foram contemplados por obras do Universaliza Minas em Montes Claros. A Copasa investiu cerca de R$ 1,4 milhão para garantir dignidade e inclusão social desses moradores, que deixaram para trás a dura realidade de viver sem água.
“Há 10 anos vivo aqui na Vila Mauricéia, e a vida era sofrida. Ao andar na rua, a gente desviava de esgoto. Água, não tinha. Às vezes, ficava quatro, cinco dias sem acesso algum à água, os vizinhos tinham que se unir. Tudo mudou, melhorou 100%, agora é só alegria”, relatou o assistente de telemarketing Lucas Rafael, ao contar a nova realidade depois das obras.
A cerca de 170 quilômetros de Montes Claros, moradores de Laranjeiras, comunidade rural pertencente à Januária, também no Norte de Minas, foram beneficiados pelas obras da Copasa. Ali, Rogério Conceição dos Santos, que é dono de um restaurante local, explicou como fazia sem água encanada no seu dia a dia profissional.
“Era uma dificuldade muito grande. Eu tinha que buscar água na cidade toda semana pra fazer a comida, beber, tomar banho e outras coisas. Graças a Deus fomos beneficiados com essas obras e todos nós aqui da comunidade estamos muito agradecidos e muito felizes com isso”, disse ele.
Para Melissa Seixas, superintendente da Copasa no Norte, o programa trouxe grandes avanços para a região, como a expansão do sistema de abastecimento de água para as comunidades mais remotas, situação que se repete em outras partes do Estado. “Toda essa mobilização sempre foi um anseio muito grande nosso e das prefeituras aqui da região, que vem permitindo levar para cada vez mais pessoas um saneamento adequado e mais qualidade de vida”, declarou.
A região Norte foi uma das que mais recebeu obras do Universaliza nesses um ano e meio de programa. No entanto, um total de 65 obras foram concluídas em 68 localidades de todas as regiões do Estado. Outras 79 ainda estão em andamento em 126 localidades mineiras.
Segundo o coordenador do programa, João Paulo Rigotto, novas obras estão programadas para serem iniciadas em mais de 400 localidades. “Todo esse planejamento resultará, ao final, na implantação de 399 sistemas de abastecimento de água e 156 de esgoto, que vão favorecer mais de 230 mil pessoas nas várias regiões do Estado onde a Copasa atua”, explicou.
O ciclo de vida dos projetos do Universaliza Minas vai desde a manifestação das prefeituras para fazer parte do programa, até a entrega e início de operação do sistema em questão, envolvendo, dessa forma, todas as áreas e diretorias da empresa em algum momento. Destaque para a atuação da Diretoria de Operações, que desempenha um papel fundamental na execução e planejamento dos empreendimentos do programa, uma vez que a proximidade com os desafios em todo o Estado e a natureza dos contratos de investimento garantem agilidade na mobilização e execução das obras.
Universaliza Minas foi desenvolvido com o propósito de cumprir uma missão fundamental para Copasa, “a universalização do acesso e a efetiva prestação do serviço”, formalizada e estabelecida pela Lei do Novo Marco do Saneamento (Lei Federal nº 14.026/2020), alinhando também aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), sobretudo o ODS 06, que visa garantir a disponibilidade e gestão sustentável da água potável e saneamento.
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