21 de novembro, 2024

OMS convocou reunião sobre o tema para a próxima sexta-feira - Foto: Reprodução / https://www.cosemssp.org.br/noticias/documento-tecnico-e-informe-sobre-vacinacao-da-mpox/ Divulgação

O Brasil contabilizou 1.578 casos confirmados de mpox ao longo de 2024, segundo o painel de monitoramento do Ministério da Saúde. Adicionalmente, o país soma 60 casos prováveis e 434 casos suspeitos da doença.

A maior concentração de infecções está entre pessoas de 30 a 39 anos, representando 751 casos. O segundo grupo mais atingido é o de 18 a 29 anos (496 casos), seguido pelos de 40 a 49 anos (275 casos). Homens compõem 81% dos diagnósticos confirmados, sendo que 70% declararam ter relações sexuais com homens.

Em relação à distribuição racial, 46% dos casos confirmados estão entre pessoas brancas, 29% entre pardas e 11% entre pretas. Geograficamente, o Sudeste lidera com 1.269 infecções, seguido pelo Nordeste (137), Centro-Oeste (97), Norte (72) e Sul (61). Entre os estados, São Paulo e Rio de Janeiro apresentam os maiores números, com 866 e 320 casos, respectivamente.

Cenário global e reavaliação da OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou uma reunião do comitê de emergência para esta sexta-feira (22), com o objetivo de reavaliar o status da mpox como emergência de saúde pública de importância internacional. A doença recebeu essa classificação em agosto deste ano.

Desde janeiro de 2022, foram confirmados 109.699 casos e 236 mortes por mpox em todo o mundo, abrangendo 123 países. A África segue como o continente mais impactado, registrando 11.148 casos confirmados e 46.794 suspeitos apenas em 2024. Foram contabilizadas também 53 mortes confirmadas e 1.081 óbitos suspeitos.

A República Democrática do Congo concentra a maior parte das infecções, com 8.662 casos confirmados e 39.501 suspeitos, além de 43 mortes confirmadas e 1.073 óbitos suspeitos. Outros países africanos afetados incluem Burundi, com 1.726 casos confirmados, e Uganda, com 359 casos.

Nova variante ganha atenção

A OMS revelou ainda que três países confirmaram casos importados da variante 1b: Reino Unido, Zâmbia e Zimbábue. Pela primeira vez, a transmissão local da variante foi registrada fora do continente africano. No Reino Unido, três pessoas contraíram a nova cepa após contato com um viajante infectado.

A situação global e a evolução da nova variante acendem alertas para a necessidade de monitoramento contínuo e medidas de prevenção para conter a disseminação da doença.

*Com informações de Agência Brasil

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