29 de novembro, 2024

O projeto prevê a distribuição de aproximadamente 1.500 cisternas de 16 mil litros - Foto: Reprodução / Redes Sociais AMAMS

Na manhã desta quarta-feira (27), a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (CEDEC-MG) apresentou, durante evento realizado no auditório da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMAMS), o Projeto de Convivência com a Seca, uma ação que busca amenizar os impactos da estiagem na região. O projeto prevê a distribuição de aproximadamente 1.500 cisternas de 16 mil litros, que serão utilizadas para armazenar as águas das chuvas, garantindo uma fonte de abastecimento para as comunidades mais afetadas pela seca.

O capitão Paulo Souza, do setor de operações da CEDEC-MG, anunciou que a entrega das cisternas começará em fevereiro de 2024, após o processo de licitação, que contará com recursos do Comitê Pró-Brumadinho. Ele também destacou a capacitação dos coordenadores de Defesa Civil de 32 municípios do Norte de Minas, onde a seca é mais severa. Os profissionais receberam treinamento teórico durante o evento e participarão amanhã, no 10º Batalhão, da parte prática da capacitação.

Durante a abertura do evento, Sérgio Nassau, coordenador do Departamento de Defesa Civil da AMAMS, representou o presidente da entidade, o prefeito de Padre Carvalho, José Nilson Bispo de Sá, o “Nilsinho”. Nassau ressaltou a importância das cisternas no alívio do drama do abastecimento de água, mas também destacou que, em 2025, novas estratégias serão apresentadas no plano de enfrentamento à seca. Ele afirmou que a nova coordenação da Defesa Civil em Minas Gerais está trazendo novas ideias para a questão.

Outro ponto importante discutido durante o evento foi a apresentação de uma tecnologia inovadora para o abastecimento de água. Fellipe Leal, secretário executivo da AMAMS, apresentou ao capitão Paulo Souza uma máquina que produz água potável a partir do ar. A tecnologia, desenvolvida em Israel, será testada em um projeto piloto na comunidade quilombola de Alegre, em São João da Lagoa, no Norte de Minas. O objetivo é avaliar os impactos na saúde e verificar a viabilidade de expansão para outras localidades, caso os resultados sejam positivos.

O capitão Paulo Souza enfatizou que a tecnologia é uma solução promissora, mas que a análise de sua viabilidade dependerá do sucesso do projeto piloto. Ele também comentou sobre o processo de cadastramento das famílias que serão beneficiadas com as cisternas, que será realizado pela Defesa Civil Municipal. Esse cadastro será comparado com o feito pelo estado para garantir que as entregas sejam feitas de forma eficiente e direcionada às comunidades mais necessitadas.

Com essas iniciativas, a Defesa Civil de Minas Gerais busca não apenas aliviar os efeitos da seca, mas também oferecer alternativas sustentáveis para garantir o acesso à água no semiárido mineiro.

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