O cerimonial da Prefeitura de Montes Claros protagonizou uma falha de protocolo inusitada durante a cerimônia de diplomação do prefeito, vice-prefeito e vereadores da cidade. Em um evento de tamanha relevância, o fato de não ter sido convidado o Magnífico Reitor da Universidade Estadual de Montes Claros, Professor Wagner Santiago, para compor a Mesa de Honra é um deslize difícil de ser justificado. No contexto das formalidades públicas, o Reitor da Unimontes ocupa uma posição equivalente à de um Secretário de Estado, ou até mais, representando uma instituição de ensino superior fundamental para a região. A omissão, portanto, não pode ser tratada como simples erro de cálculo, mas sim como um desrespeito à importância da universidade no desenvolvimento local e regional.
Além disso, outro descompasso do cerimonial foi a exclusão do Arcebispo Metropolitano, Dom José Campos, da lista de autoridades a serem contempladas na mesa. O Arcebispo, como representante do Vaticano na região, tem uma função simbólica e histórica que transcende as questões administrativas. Sua ausência na cerimônia de diplomação, especialmente em uma cidade com forte tradição religiosa, é uma falha que sinaliza não apenas um erro protocolar, mas também um descompasso com a sensibilidade cultural e espiritual da comunidade local. Este tipo de deslize é mais grave do que parece, pois fere os laços entre a política e a sociedade, ainda mais quando se trata de figuras de grande representatividade.
Entende-se que a responsável pelo cerimonial, Gláucia Ladeia, já tenha enfrentado desafios consideráveis com uma equipe escassa. No entanto, quando se trata de um evento que mobiliza toda a cidade e envolve figuras de alto nível institucional, é imprescindível que a condução seja feita com a competência necessária, sem deixar espaço para falhas que comprometem a imagem da gestão. O novo prefeito, Guilherme Guimarães, terá a responsabilidade de fortalecer a estrutura de seu cerimonial, oferecendo uma equipe qualificada capaz de atender eventos de grande porte com o profissionalismo exigido. É hora de Montes Claros ser conduzida com o mesmo zelo e respeito com que se espera que ela seja representada.
Ao abrir os trabalhos da cerimônia, o Juiz de Direito e Diretor do Fórum, Doutor João Adilson Nunes Oliveira, assumiu, de forma elegante e impecável, a função de cerimonialista. Com a diplomacia que caracteriza sua postura, ele destacou as autoridades presentes, sugerindo que essas figuras de relevância estivessem à mesa de honra, sem deixar de lembrar a importância do protocolo nas grandes ocasiões. Entre mortos e feridos, e apesar das falhas do cerimonial da Prefeitura, espera-se que Gláucia Ladeia, responsável pelo evento, seja perdoada, dado o contexto de uma equipe reduzida e sobrecarregada. Que o novo governo, liderado por Guilherme Guimarães, entenda a necessidade de qualificar essa equipe, permitindo que Montes Claros tenha, finalmente, um cerimonial à altura de seus eventos, onde o brilho e a formalidade sejam garantidos em todos os detalhes.