2 de fevereiro, 2025

Recomendação é do Instituto Nacional de Câncer - Foto: Reprodução | Internet

Em comunicado recente, o Instituto Nacional de Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde (MS), destacou a importância dos exercícios físicos para a prevenção e o controle do câncer. A iniciativa está alinhada à Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) e reforça os benefícios dessa prática tanto para a saúde física quanto mental, promovendo bem-estar, qualidade de vida, socialização e participação social.

Segundo o Inca, a prática regular de atividades físicas pode reduzir o risco de vários tipos de câncer, incluindo mama, próstata, endométrio, cólon e reto. O coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Fábio Carvalho, enfatizou que a nova divulgação visa desmistificar a ideia de que o repouso é a melhor abordagem para pacientes oncológicos. “O posicionamento destaca o potencial dos exercícios físicos não apenas para a saúde em geral, mas também para o controle dos sintomas relacionados ao câncer, como a fadiga oncológica”, afirmou Carvalho.

Dados alarmantes

O Ministério da Saúde registrou, em 2023, 71.730 novos casos de câncer de próstata, 21.970 de cólon e reto e 18.020 de traqueia, brônquios e pulmões em homens. Entre as mulheres, foram contabilizados 73.610 casos de câncer de mama, 23.660 de cólon e reto e 17.010 de colo do útero.

Os óbitos também chamam atenção: em 2021, o câncer de próstata causou 16.300 mortes, enquanto o de mama foi responsável por 18.139 falecimentos. No mesmo ano, o câncer de cólon e reto resultou em 10.662 mortes em homens e 10.598 em mulheres.

O estudo “Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil” projeta o surgimento de 704 mil novos casos anuais até 2025, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste.

Benefícios comprovados

Para Carvalho, manter o corpo em movimento pode reduzir a mortalidade por determinados tipos de câncer e melhorar a qualidade do sono e o estado psicossocial dos pacientes. Ele destaca que as políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS) já oferecem alternativas de atividades físicas gratuitas. “Profissionais como fisioterapeutas, nutricionistas e enfermeiros estão aptos a orientar os pacientes a adaptar os exercícios à sua realidade”, explicou.

Acessibilidade e adaptações

O Inca reforça que a atividade física, quando adaptada às condições específicas de cada pessoa, é segura e eficaz para pacientes em diferentes estágios de tratamento. A presença de um profissional, como educador físico ou fisioterapeuta, é ideal, mas não indispensável para obter os benefícios.

Para aqueles que enfrentam limitações financeiras, Carvalho sugere opções simples e acessíveis. “Trocar o carro por uma caminhada em trajetos curtos ou incorporar mais movimento no dia a dia já traz resultados positivos”, afirmou.

Se possível, frequentar atividades sistematizadas, como academias ou grupos de corrida supervisionados, pode potencializar os benefícios. Contudo, a mensagem principal é clara: qualquer aumento no nível de atividade física é um passo positivo para a prevenção e a recuperação do câncer.

*Com informações de Agência Brasil

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