As obras transformaram o espaço em uma galeria de arte a céu aberto - Foto: Copasa / Divulgação
Na manhã desta quinta-feira (13/02), Montes Claros ganhou um novo cenário cultural e ambiental com a inauguração dos murais do Projeto Arte nas Águas de Minas. Realizadas no reservatório da Copasa, no bairro Independência, as obras transformaram o espaço em uma galeria de arte a céu aberto, unindo expressão artística e conscientização ambiental.
O evento contou com a presença de representantes da Companhia, da APPA – Cultura & Patrimônio, do poder público municipal, da comunidade e dos artistas responsáveis pelos murais. Durante 10 dias, os artistas Bela Parada, Léo Caxeta e o convidado Bozó Bacamarte trabalharam intensamente para dar nova vida aos muros e à estrutura do reservatório. Utilizando técnicas de grafite e muralismo, as pinturas retratam a água como elemento natural essencial e fator de união entre as pessoas, reforçando a importância da conservação ambiental.
A arte transformando a comunidade
Para Siomara Faria, diretora de projetos da APPA, o impacto do projeto vai além da estética urbana. “As pinturas trouxeram um novo significado para a paisagem de Montes Claros, destacando a importância da conscientização ambiental. Ficamos muito felizes com a receptividade dos moradores”, afirmou.
Juliana Flores, curadora do projeto, ressaltou a expressiva participação da cidade no edital de seleção, demonstrando a força da cena cultural local. “A água gerou uma forte conexão entre os artistas, a comunidade e a equipe de produção, criando um vínculo que permanecerá na memória e no coração de todos”, destacou.
Já a produtora do projeto, Ludmila Ramalho, celebrou o resultado das obras, destacando a revitalização do reservatório e do bairro. “Acompanhamos passo a passo essa transformação e é muito gratificante entregar à população um espaço que sensibiliza para a preservação ambiental”, disse.
Interação e aprendizado
O projeto também promoveu uma oficina de artes no dia 12 de fevereiro, ministrada pelos artistas locais para os alunos da Escola Municipal Maria de Lourdes Pinheiro. Durante quatro horas, os estudantes aprenderam técnicas de contorno e preenchimento, criando pinturas inspiradas no tema “Arte, Água e Preservação da Natureza”.
Os artistas envolvidos na etapa Montes Claros expressaram gratidão e alegria pela experiência. “Foram 10 dias incríveis e me sinto realizada pelo reconhecimento da comunidade e pela troca com os outros artistas”, afirmou Bela Parada. Léo Caxeta destacou a conexão com os moradores. “A interação com a população trouxe uma sensação de pertencimento e valorização da arte”, disse.
O pernambucano Bozó Bacamarte, convidado especial da curadoria, enfatizou o poder transformador da arte. “Ela provoca reações e muda realidades. Ao nos inspirarmos nos elementos da natureza, conseguimos dialogar com a comunidade e gerar identificação”, explicou.
Um legado para Montes Claros
Para Melissa Seixas Lima Figueiredo, superintendente da Copasa nas regiões Norte e Leste, a iniciativa estreitou laços entre a companhia e a população. “Agora, o reservatório será lembrado não apenas como uma caixa d’água, mas como uma galeria de arte que valoriza o bairro”, pontuou.
O gerente regional de Montes Claros, Rômulo Lima, reforçou a importância da parceria entre APPA e Copasa na sensibilização ambiental. “O impacto dessas obras transcende a estética, inspirando a comunidade a preservar a água e o meio ambiente”, concluiu.
Sobre o projeto
O Arte nas Águas de Minas segue até março de 2025, levando arte urbana a unidades da Copasa em seis cidades mineiras. Divinópolis, Contagem, Araxá, Pouso Alegre e Montes Claros já receberam murais e, em breve, Coronel Fabriciano também será contemplada.
A iniciativa é realizada pelo Ministério da Cultura e pela APPA – Cultura & Patrimônio, com patrocínio da Copasa, e conta com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).
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