Montes Claros foi palco de um escândalo policial na última quarta-feira (19), quando a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu dois homens, ambos de 44 anos, por uso de documento falso em um processo de transferência de propriedade de veículo. A fraude foi descoberta na 8ª Ciretran da cidade, na região Norte do estado, e gerou grande repercussão.
A ação criminosa foi desmascarada durante a análise documental, quando policiais civis perceberam que o Certificado de Registro de Veículo (CRV) apresentado pelos suspeitos tinha claros indícios de falsificação. O delegado Danilo Ferraz revelou que o documento supostamente havia sido reconhecido em cartório na cidade de Salvador, na Bahia, mas gerou suspeitas no momento da verificação.
As investigações trouxeram à tona detalhes intrigantes: um dos detidos, que trabalha como despachante documentalista, confessou que a assinatura da proprietária do veículo não seguiu os trâmites legais. Segundo ele, a vendedora – mãe do outro suspeito – havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) e, portanto, não conseguiu comparecer ao cartório. A assinatura teria sido providenciada por um corretor de veículos, cujo nome e contato não foram revelados.
Diante das evidências irrefutáveis, os dois homens foram imediatamente conduzidos à delegacia e autuados em flagrante. A PCMG agora segue investigando o caso para identificar a possível existência de um esquema maior de falsificação de documentos na região.
O episódio acende o alerta sobre fraudes documentais e reforça a importância da fiscalização rigorosa nos processos de transferência de veículos. A Polícia Civil promete intensificar as investigações para coibir práticas criminosas que colocam em risco a segurança jurídica dos cidadãos.