
O ato aconteceu no estacionamento do Posto D’Ángelis, às margens da rodovia - Foto: Ascom CIMAMS
Em um ato simbólico em defesa da vida e da segurança nas estradas, o Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Área Mineira da Sudene (CIMAMS) promoveu no sábado (12), o BR-251 – Movimento pela Dignidade, com o objetivo de cobrar da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Governo Federal a ampliação do projeto de duplicação da BR-251, que atualmente prevê apenas 24 km, para pelo menos 80 km – e, idealmente, até 200 km.
O ato aconteceu no estacionamento do Posto D’Ángelis, às margens da rodovia, e reuniu prefeitos, deputados, vereadores, entidades de classe, caminhoneiros e lideranças de toda a região. Durante as quatro horas de mobilização, foram colhidas 396 assinaturas de caminhoneiros em apoio à causa, além da oferta de serviços jurídicos e de saúde.

O presidente do CIMAMS e prefeito de Curral de Dentro, Adaildo Rocha, o Tampinha (União Brasil), declarou que será encaminhado um ofício à ANTT pedindo a revisão do projeto. “O trecho previsto de 24 km não atende aos anseios da região. Vamos solicitar a duplicação dos trechos mais perigosos, como a saída de Montes Claros e as serras de Francisco Sá, São Calixto e Salinas, próximos à ponte do Rio Vacaria. Esses pontos críticos precisam ser prioridade”, destacou.
“A estrada da vida não pode continuar sendo da morte”
O prefeito de Montes Claros, Guilherme Guimarães (União), reforçou o apelo coletivo por segurança: “A estrada que leva à prosperidade não pode ser de morte. Este movimento mostra nossa união. Apresentei essa pauta ao presidente Lula em sua recente visita a Montes Claros. A BR-251 é o projeto prioritário do Norte de Minas. Com sua ampliação, podemos ser uma das regiões mais progressistas do país.”
Já o deputado Arlen Santiago (Avante) denunciou o projeto atual da ANTT como “um absurdo e um descaso”, alertando que a população corre o risco de pagar pedágios altos por uma estrada insegura. “O povo não pode pagar para morrer.”
O deputado federal Samuel Viana (Republicanos) também reforçou seu apoio e se comprometeu a levar a pauta ao Congresso Nacional. “Esse trecho da BR-251 é estratégico para o escoamento da produção regional. É inaceitável que continue sendo negligenciado.”
Entidades se manifestam
José Nilson Bispo de Sá, secretário-executivo da AMAMS, que representou o presidente Ronaldo Soares Mota Dias, expressou indignação com o tratamento desigual entre a BR-116 e a BR-251.
O presidente da Sociedade Rural de Montes Claros, Flávio Oliveira, afirmou que a entidade ruralista está mobilizada: “Reivindicamos respeito, segurança e infraestrutura digna para a principal via de integração do Norte de Minas.”
Herberth Alcântara, presidente da 11ª Subseção da OAB de Montes Claros, foi enfático: “Não estamos falando só de asfalto. Estamos falando de vidas. De famílias. De trabalhadores. A BR-251 precisa ser tratada como prioridade real.”
Prefeitos em coro por mudança
Diversos prefeitos reforçaram o apelo coletivo. Diego Antônio Braga (Grão Mogol) afirmou que os 24 km previstos não contemplam os pontos mais críticos. A prefeita de Berizal, Talyane Laves Pereira, convocou união: “Precisamos mostrar que esse trecho não soluciona nossos problemas.”
Denerval Germano (Taiobeiras), por sua vez, sugeriu uma ação direta: “Vamos fechar a BR por um dia. Não queremos esmola, queremos resultados.” A prefeita de Francisco Sá, Alini Bicalho, reforçou: “Quase todo dia há um acidente nesse trecho. Nossa luta é coletiva.”
Outros gestores como Elivaldo Versiani (Patis), Caio Cunha (São João do Pacuí), Hércules Vandi (Lagoa dos Patos) e Vanderley Cardoso (Claro dos Poções) também marcaram presença, destacando que a causa é regional e não pode ser ignorada por Brasília.

Vereadores também cobram solução
O vereador Rodrigo Cadeirante (Montes Claros) denunciou o abandono da região: “Temos que exigir respeito. Os 24 km não bastam.”
Lucas Ribeiro (Taiobeiras) destacou o poder da união: “Pessoas de bem, juntas, conseguem transformar a realidade.”
PC Landim (Avante) foi direto: “Se for preciso parar, vamos parar. O Governo Federal tem que nos ouvir.”