
O crime, que chocou a região, aconteceu no dia 7 deste mês e teve como vítima uma jovem de 25 anos - Foto: Polícia Civil | Divulgação
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu nesta quarta-feira (23) o inquérito que investigava um brutal caso de feminicídio ocorrido no distrito de Fernão Dias, zona rural de Brasília de Minas, no Norte do estado. O crime, que chocou a região, aconteceu no dia 7 deste mês e teve como vítima uma jovem de 25 anos, assassinada com golpes de machado pelo próprio companheiro.
Segundo informações da PCMG, a mulher foi morta dentro de casa, na presença do filho do casal, de apenas dois anos. O delegado Flávio Cavalcanti, responsável pelo caso, destacou que os trabalhos investigativos começaram imediatamente após o crime, que gerou forte comoção pública devido à violência extrema empregada e ao contexto familiar em que ocorreu.
Após o assassinato, o suspeito fugiu do local levando a criança nos braços. Ele a entregou ao próprio pai, a quem também confessou o crime, antes de se esconder em uma área de mata. A prisão foi realizada no dia 13 de abril, com apoio da equipe de inteligência da Polícia Civil e colaboração de familiares do investigado.
Durante o interrogatório, o homem admitiu a autoria do crime, alegando que a motivação teria sido uma discussão conjugal. No entanto, o histórico de violência do autor agrava ainda mais o caso. As investigações revelaram que ele já possuía antecedentes por violência doméstica, incluindo agressões físicas, ameaças e até uma tentativa de afogamento do próprio filho.
O laudo pericial confirmou que a vítima foi atingida por dois golpes de machado — um na nuca e outro no rosto — causando traumatismo craniano com afundamento do crânio e perda de massa encefálica, o que levou à morte imediata. O instrumento utilizado no crime foi apreendido no local e teve sua compatibilidade com as lesões comprovada pela perícia técnica.
Com o encerramento do inquérito, o homem foi formalmente indiciado por feminicídio qualificado. O processo foi encaminhado ao Poder Judiciário, e o suspeito permanece preso, à disposição da Justiça.
O caso reforça a urgência do combate à violência de gênero e a necessidade de mecanismos eficazes de proteção às mulheres em situação de risco.