
Com emoção, homenagens e um profundo sentimento de pertencimento, o curso de Letras da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) celebrou, na noite desta quinta-feira (22), seus 60 anos de criação. A solenidade comemorativa foi realizada no espaço externo do Museu Regional do Norte de Minas (MRNM) e reuniu professores, autoridades, estudantes e convidados em um evento marcado pela valorização da trajetória acadêmica e pela memória coletiva.
Organizada pelo Departamento de Comunicação e Letras, a cerimônia contou com depoimentos de docentes, apresentações artísticas e momentos de reflexão sobre os desafios e conquistas do curso ao longo de seis décadas. Durante o evento, professores que marcaram gerações de alunos foram homenageados: Aurora Cardoso, Carmen Alberta Kayana de Gasperazzo, Maria Generosa Souto, Marileia de Souza, Miriam Carvalho, Nely Rachel Veloso Lauton e Wanderlino Arruda.
O vice-reitor da Unimontes, professor Dalton Caldeira Rocha, presidiu a solenidade, representando o reitor Wagner de Paulo Santiago. Em seu discurso, Dalton destacou o simbolismo das bodas de diamante da graduação em Letras. “Sessenta anos representam uma marca de maturidade, solidez e legado. Celebrar essa data é também reconhecer a capacidade do curso de se reinventar diante das transformações sociais, políticas e tecnológicas, mantendo-se relevante e comprometido com a formação cidadã e o desenvolvimento regional”, afirmou.
Entre as autoridades presentes estiveram o vice-prefeito de Montes Claros, Otávio Batista Rocha; o deputado federal Patrus Ananias; o diretor do Centro de Ciências Humanas (CCH), professor Jânio Marques Dias; a chefe do Departamento de Comunicação e Letras, professora Eleni Nogueira dos Santos; o ex-reitor da Unimontes (2002-2010), professor Paulo César Gonçalves de Almeida; e a secretária municipal de Cultura, Júnia Veloso Rebello.
O professor Jânio Marques Dias fez um resgate histórico da graduação e valorizou a contribuição dos docentes na formação de profissionais comprometidos com a educação e a transformação social. “Lembro-me dos rostos juvenis, apaixonados e decididos a mudar o mundo por meio da educação. Aprendemos muito ao longo desses anos, convivendo com pessoas distintas e refletindo sempre”, declarou.
Criado em abril de 1963, o curso de Letras teve início no prédio do Colégio Imaculada Conceição, vinculado à antiga Fundação Educacional Luiz de Paula (FELP). Em 1965, foi transferido para o casarão da Rua Coronel Celestino, atual sede do MRNM, onde funcionou junto aos cursos de Geografia e História, compondo a então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (Fafil), vinculada à Fundação Norte Mineira de Ensino Superior (FUNM). A instituição foi transformada na Unimontes com a Constituição Mineira de 1989.
As professoras Maria Isabel (Baby) de Magalhães Figueiredo e Maria da Consolação (Mary) de Magalhães Figueiredo foram as fundadoras do curso, que atualmente integra o Centro de Ciências Humanas (CCH), com sede no campus-sede da Unimontes.
O evento reafirmou o papel essencial do curso de Letras na história da educação superior do Norte de Minas, como espaço de formação, reflexão crítica e construção coletiva de saberes