A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deu um passo importante no combate à exploração e abuso sexual infantojuvenil ao deflagrar, na manhã desta terça-feira (3), a 2ª fase da operação Caminhos Seguros – Guardiã em Taiobeiras e região, no Norte do estado. A ação resultou na prisão de três pessoas e no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão.

Entre os presos estão dois homens, de 36 e 51 anos, e uma mulher, de 31. Os mandados, expedidos pelo Poder Judiciário, foram cumpridos nas comunidades de Lagoa Seca e Mirandópolis, distritos de Taiobeiras, e na cidade de Salinas, após investigações da Polícia Civil sobre crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes.
Os alvos da operação
De acordo com a delegada Mayra Coutinho, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Taiobeiras, um dos detidos é suspeito de abusar sexualmente de uma criança de 5 anos. O crime teria ocorrido quando a mãe deixou a vítima sob seus cuidados, o que choca ainda mais pela quebra de confiança.
As investigações também levaram à prisão de outros dois indivíduos envolvidos na exploração sexual de uma adolescente de 16 anos. A apuração da PCMG revelou que a própria tia da vítima, valendo-se do vínculo familiar e de sua posição de responsável, promovia a exploração da jovem. Além dela, um dos clientes que mantinha relações sexuais com a adolescente foi preso, enquanto outro segue foragido.
Em Salinas, a operação também cumpriu um mandado de busca e apreensão contra um investigado por armazenar imagens íntimas de adolescentes e coagir as vítimas a presenciar, por videochamada, atos libidinosos praticados por ele. O inquérito foi conduzido pela Delegacia de Polícia em Salinas, sob a responsabilidade do delegado João Victor Petrone.
A operação Caminhos Seguros – Guardiã foi coordenada pela Deam em parceria com outras unidades da Delegacia Regional em Taiobeiras.
O significado da fase Guardiã
O nome escolhido para esta fase da operação, Guardiã, simboliza o papel institucional da Polícia Civil como defensora dos direitos das crianças e adolescentes. A ação busca interromper ciclos de violência, acolher as vítimas e responsabilizar os envolvidos.
Para a delegada Mayra Coutinho, a fase Guardiã representa uma resposta firme da Polícia Civil diante de uma dupla violação: “o abuso cometido por quem deveria proteger e a participação de outras pessoas que, mesmo cientes da idade e vulnerabilidade das vítimas, aproveitaram-se sexualmente da situação”. A operação reafirma o compromisso das autoridades em garantir a segurança e a dignidade de um dos grupos mais vulneráveis da sociedade.