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Advogado gamer: como se tornar um profissional de destaque no mercado dos e-Sports

A profissão de advogado gamer surgiu acompanhando a profissionalização dos times de e-Sports no Brasil e no mundo - Foto: Divulgação

Com o crescimento acelerado do mercado de jogos eletrônicos, o universo dos e-Sports tem demandado cada vez mais profissionais especializados em áreas antes pouco exploradas. Entre elas, destaca-se uma nova função: o advogado gamer.

“Ao contar com o apoio de um profissional especializado na área, o time passa a ter mais segurança jurídica e profissionalismo”, explica Soraya Vasconcelos, diretora jurídica e Head de e-Sports da equipe Galorys, especializada em Call of Duty. “Já as empresas brasileiras de desenvolvimento de jogos passam a ter uma classificação econômica própria, facilitando a atuação e atraindo mais investimentos.”

A profissão de advogado gamer surgiu acompanhando a profissionalização dos times de e-Sports no Brasil e no mundo. Uma pesquisa recente da GamesIndustry.biz mostra que 74,5% dos brasileiros jogam algum tipo de game, reforçando o tamanho do mercado e a necessidade de uma estrutura legal robusta para o setor.

Conhecimentos fundamentais para atuar como advogado gamer

Quem deseja se especializar na advocacia gamer deve dominar uma série de competências específicas, que vão muito além do direito tradicional. Veja os principais pontos de atenção para os profissionais que buscam entrar nesse campo:

1. Registro de marcas

No cenário dos e-Sports, o nickname de um jogador é mais que uma identidade: é uma marca registrada. “Ao proteger legalmente o seu nick, o atleta passa a ter oportunidades de monetização, patrocínio e licenciamento”, explica Soraya.

2. Direito contratual

Contratos entre jogadores, organizações e patrocinadores são comuns — e complexos. Eles envolvem cláusulas sobre direitos, deveres, salários, horários de treino, premiações e exclusividades, exigindo atenção minuciosa.

3. Responsabilidade civil

Casos de difamação online, práticas antidesportivas, hacks e outras condutas ilegais têm se tornado cada vez mais comuns. O advogado gamer atua diretamente na responsabilização e prevenção desses danos.

4. Cibersegurança

Com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), a proteção dos dados sensíveis e das informações das equipes se tornou essencial. A advocacia gamer contribui para que times e plataformas estejam em conformidade com a legislação vigente.

5. Direito do consumidor

Os jogos também são produtos e serviços. Logo, a relação entre jogadores e desenvolvedores pode gerar conflitos relacionados a bugs, vendas indevidas ou falhas de serviço — o que exige atuação especializada nesse ramo do direito.

A atuação de escritórios como o de Soraya Vasconcelos reflete uma nova era da advocacia: mais dinâmica, conectada com a cultura digital e sensível às transformações do entretenimento eletrônico. Para os advogados que desejam inovar e conquistar um espaço nesse cenário, o recado é claro: especialização, visão estratégica e conhecimento profundo do ecossistema gamer são indispensáveis.

*Com informações de Escritório Soraya Vasconcelos

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