Engenheiro agrônomo e produtor rural do Sudoeste mineiro, está fazendo história ao adotar uma abordagem inovadora em sua agricultura. Inspirado pelo pioneirismo da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) na extração de azeite de oliva, ele decidiu aplicar esse conhecimento para produzir óleo de abacate de alta qualidade e até investiu em uma linha de produtos cosméticos baseados nesse ingrediente versátil. A motivação para esse empreendimento surgiu da necessidade de minimizar as perdas relacionadas aos abacates que não atendiam aos rigorosos padrões de mercado. José Carlos notou que, embora esses frutos não fossem impróprios para consumo, muitas vezes eram rejeitados por revendedores e consumidores devido a algumas características específicas. Esses abacates descartados representavam uma parcela considerável, chegando a até 20% da colheita. O agricultor, que começou sua jornada na produção de abacates na década de 1980 em Cajuru, São Paulo, e posteriormente expandiu para suas propriedades em Minas Gerais, buscou maneiras inovadoras de aproveitar ao máximo sua produção. A Epamig, conhecida por sua expertise na extração de azeite de oliva extravirgem no Brasil, também começou a explorar a extração de óleo de abacate usando o método de centrifugação. Isso permitiu o uso do maquinário durante períodos de entressafra da oliveira, que concentra sua colheita entre janeiro e abril.
A investida do agrônomo na produção de óleo de abacate e cosméticos não apenas contribui para reduzir o desperdício de abacates rejeitados, mas também demonstra como a inovação pode abrir novos caminhos na agricultura, oferecendo soluções criativas para desafios comuns enfrentados pelos produtores. Seu esforço exemplar ressalta o potencial de transformar produtos agrícolas comuns em oportunidades inovadoras de negócios.
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