24 de novembro, 2024

A ação teve como alvo o sócio administrador de uma empresa que, em tese, atuava como plataforma de investimentos financeiros - Foto: Polícia Civil / Divulgação

Na manhã desta sexta-feira (7), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) desencadeou a primeira fase da operação Ponzi. O objetivo é cumprir oito mandados de busca e apreensão e um de prisão, em Taiobeiras, região Norte de Minas, e em Indaiatuba, no estado de São Paulo.

A ação teve como alvo o sócio administrador de uma empresa que, em tese, atuava como plataforma de investimentos financeiros. O homem, contra o qual foi expedido ordem judicial de prisão, não foi localizado durante a operação.

O homem, contra o qual foi expedido ordem judicial de prisão, não foi localizado – Foto: Polícia Civil / Divulgação

Ainda assim, no curso dos trabalhos, os policiais apreenderam celulares, aparelhos eletrônicos e diversos cartões de crédito e documentos contábeis das pessoas investigadas.

Além dos mandados de prisão e busca e apreensão, a Justiça também autorizou o bloqueio de bens e valores, além de expedir ordem de sequestro de veículos e imóveis registrados em nome de pessoas físicas e jurídicas investigadas. A medida visa assegurar o ressarcimento dos valores investidos pelas vítimas.

O objetivo é cumprir oito mandados de busca e apreensão e um de prisão, em Taiobeiras, região Norte de Minas, e em Indaiatuba, no estado de São Paulo – Foto: Polícia Civil / Divulgação

Conforme apurado pela PCMG, a empresa investigada movimentou milhões de reais, causando prejuízos financeiros a um número indeterminado de vítimas em todo o estado mineiro, configurando crime contra a economia popular, uma vez que se obtém lucros vultosos em prejuízos de diversas pessoas.

Esquema criminoso

De acordo com a delegada Mayra Coutinho, que conduz a investigação, “há indícios de que a empresa funcionava em esquema de pirâmide financeira, cujo sucesso apoiava-se no crescimento exponencial por parte de novos investidores, indicando uma população crescente em camada sucessiva, com promessa de rendimentos atrativos e bastante elevados em relação ao praticado normalmente no mercado”, afirma.

A delegada ressalta que, inicialmente, os suspeitos ofereciam rendimentos para o capital investido e, assim, os clientes captavam outros, mas, logo depois, a pirâmide se afunilou porque, quanto mais investidores, menos dinheiro ela terá para pagar os rendimentos. Com o desmoronamento da pirâmide, o sócio fechou a empresa, causando prejuízo financeiro a diversas vítimas em Minas Gerais, sendo a maior parte em municípios da região Norte.

Após investigação, a PCMG representou pelas medidas cautelares e os mandados foram cumpridos de forma simultânea, em Taiobeiras e Indaiatuba. “Os alvos são pessoas físicas e jurídicas relacionadas ao investigado e, as medidas visam angariar outros elementos para subsidiar as provas já coletadas no inquérito policial que está em curso”, explicou Mayra.

Operação

O nome da operação faz referência ao italiano Charles Ponzi, conhecido por ser o mentor do “esquema Ponzi”, famoso golpe de pirâmide financeira ocorrido no século XX nos EUA.

Foto: Polícia Civil / Divulgação

As investigações continuam.

About The Author