21 de setembro, 2024

Um episódio polêmico chamou a atenção e mobilizou guarnições da polícia militar à convenção do Partido Liberal em Montes Claros. O médico ortopedista Adher Leonardo Leite Moura, de 50 anos, adentrou o ‘Espaço do General’, onde estava acontecendo convenção do PL. Em companhia de sua mãe já idosa, da esposa que também é medica e da sócia de nome Edilene, o médico estaria prestes a entregar aos membros da sigla, documento relatando um problema judicial que tem com o pré-candidato a prefeito bolsonarista.

Assim que perceberam a movimentação, militantes do partido tentaram parar o médico, mas Adher insistiu e pediu a palavra ao presidente do partido, Álvaro Veloso, tendo sido ignorado. Neste momento, militantes arrastaram o médico para fora do local, fecharam o portão e começaram o debate do lado de fora da convenção.

Durante o embate, algumas pessoas ficaram feridas, entre elas o funcionário público Marden Jânio Costa, que quebrou o tornozelo. O social media e membro da comissão provisória do PL, Miguel Milard, também teria machucado o braço. A confusão foi registrada por dezenas de celulares e os vídeos disseminados nas redes sociais.

Mesmo percebendo o tumulto, Mauricio e os pré-candidatos à vereança permaneceram seguindo o cronograma da convenção. Do lado de fora, a policial militar reformada Silvana, do PL, o general Mário Araújo e alguns outros membros do partido tentaram amenizar a confusão, já que o caso já teria sido notado pelos convidados.

O ex-secretário municipal de esportes, Jaime Tolentino, atualmente prestando serviço na Santa Casa de Misericórdia, no calor da emoção, chegou a pegar no pescoço do médico Adher Leonardo, como se fosse enforca-lo, mas foi rapidamente retirado pelas pessoas que estavam no local. “Meu pescoço ficou dolorido”, reclamou o médico.

Nossa equipe de reportagem estava no local no momento em que tudo aconteceu e conversou com o médico e com as pessoas que o acompanhavam no evento.

Segundo Adher, ele queria expor no microfone que é contra a candidatura de Mauricio por conhecer história do gestor hospitalar que faz dele uma pessoa inapta a participar do processo como protagonista da direita, reclamando inclusive de que o seu ex-sócio de nome Kenedy Rafael teria se tornado sócio de Mauricio e lesado a antiga empresa para beneficiar o pré-candidato do PL. “Nossa empresa MedPlin tinha um sistema de gestão de clínicas que foi copiado por uma empresa da qual Mauricio é sócio. A nossa foi a ruína e a deles cresceu. O caso está na justiça, porém, as movimentações têm sido demoradas. Já tentei várias vezes conversar com Mauricio e ele não me recebe”, relatou Adher.

A policial militar reformada e militante da direita, Silvana orientou o médico a resolver qualquer demanda envolvendo Mauricio judicialmente e não tentar expor isso publicamente, principalmente evitando criar confusão naquele momento, já que o ambiente estava repleto de crianças, mulheres e pessoas idosas que poderiam se machucar. O médico respondeu dizendo que o objetivo não era tumultuar e sim fazer um breve pronunciamento como membro do partido.

De acordo com assessores de Mauricio, o médico teria tentado se pronunciar na ocasião em que o deputado federal Nikolas Ferreira visitava a cidade e participou de um grande evento no Portal Eventos, sendo impedido naquele momento por integrantes da assessoria do deputado bolsonarista.

Entramos em contato com o pré-candidato a prefeito do PL, Mauricio da Santa Casa, mas até o fechamento desta coluna ele não havia retornado o contato, portanto, poderemos atualizar as informações a qualquer momento.

A PM escutou todas as versões, lavrou boletim de ocorrência e manteve a ordem no local da convenção.

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