21 de novembro, 2024

Delegacia da Polícia Civil na cidade de Taiobeiras -Foto: Polícia Civil | Divulgação

Na tarde dessa terça-feira (24), o atual presidente da Câmara Municipal de Taiobeiras, região Norte de Minas, foi preso pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A prisão foi em flagrante, por corrupção eleitoral, ele é suspeito de oferecer dinheiro a eleitores em troca de voto e de apoio político para a sua candidatura à reeleição ao cargo de vereador.

A prisão do homem, de 48 anos, ocorreu após denúncias de testemunhas que presenciaram o atual vereador entregar dinheiro para alguns moradores da cidade, com intenção de comprar o voto deles.

No decorrer das diligências, os policiais civis deslocaram até a residência destes eleitores que, em tese, teriam recebido os valores. Em depoimento, eles confirmaram os fatos e alegaram que o candidato teria adentrado na casa de um deles para conversar, posteriormente, teria retirado a quantia de R$ 200 reais do bolso e dividido entre os presentes. Segundo relato, ele ainda teria entregado “os santinhos” com o número do seu telefone no verso e solicitado a eles que conseguissem mais votos para ele.

O delegado da Polícia Civil, Thiago Cavalcante, que conduziu a apuração, contou que na casa dos eleitores a equipe apreendeu cartões e panfletos distribuídos pelo candidato. “Em continuidade com as diligências, a equipe verificou as imagens de circuito de monitoramento nas adjacências e comprovou que o investigado havia comparecido no endereço dos eleitores, no horário relatado pelas testemunhas”, explicou.

Após o avanço da investigação, que contou com provas técnicas e relatos testemunhais dos eleitores sobre a tentativa de compra de voto, o suspeito foi localizado, preso e conduzido para a delegacia. Ele teve a prisão ratificada. “ O conjunto probatório colhido robusteceu os vestígios de autoria e materialidade delitiva do crime previsto no artigo 299 do Código Eleitoral. O artigo trata da conduta de oferecer ou prometer vantagem/ dinheiro ao eleitor em troca da obtenção de votos, ainda que a oferta não seja aceita”, explicou Cavalcante.

Thiago esclareceu também que após os trabalhos de Polícia Judiciária ele foi colocado em liberdade depois do pagamento de fiança, já que se trata de crime afiançável.

As diligências continuam visando concluir o inquérito policial instaurado e responsabilizar o suspeito pela conduta praticada.

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