23 de novembro, 2024

Em 12 meses, o INPC acumulou uma taxa de 4,60% - Foto: EBC / Arquivo

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação dos preços para famílias com renda de até cinco salários mínimos, registrou uma inflação de 0,61% em outubro deste ano. Este percentual supera tanto o índice do mês anterior, que foi de 0,48%, quanto o de outubro do ano passado, que ficou em apenas 0,12%. A aceleração no índice reflete o aumento no custo de vida das famílias de baixa renda, que têm enfrentado pressão de preços, especialmente nos itens alimentícios.

O INPC, usado para medir o impacto inflacionário nas famílias com renda menor, superou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país e que registrou uma taxa de 0,56% no mesmo período. A diferença entre os dois índices destaca o impacto mais intenso da inflação sobre as famílias com rendas mais baixas, que destinam uma parcela maior de seus orçamentos aos itens essenciais que vêm apresentando altas nos preços.

Acumulado no ano e últimos 12 meses

No acumulado de 2023 até outubro, o INPC registra uma inflação de 3,92%, ligeiramente acima da taxa de 3,88% do IPCA. Porém, considerando o acumulado dos últimos 12 meses, o INPC, com uma taxa de 4,60%, ficou abaixo do IPCA, que foi de 4,76%.

A diferença na taxa anual entre os dois índices indica que, enquanto a inflação para as famílias de baixa renda teve um ritmo menor que a inflação geral do país nos últimos 12 meses, a variação mais recente aponta para um aumento mais acelerado na cesta de consumo desse grupo.

Alimentos pressionam orçamento das famílias

Os produtos alimentícios continuam a exercer forte pressão no orçamento das famílias de menor renda. Em outubro, os alimentos tiveram uma alta de 1,11%, enquanto os produtos não alimentícios subiram 0,45%. Esse movimento reforça o peso da inflação sobre os itens essenciais, principalmente alimentos, que representam uma parcela significativa dos gastos das famílias de menor poder aquisitivo.

Esse aumento é particularmente relevante em um cenário em que a inflação tem sido um dos maiores desafios para a economia brasileira, afetando de maneira desigual os diferentes grupos de renda e criando um impacto ainda mais intenso para aqueles que possuem menos flexibilidade para adaptar seus orçamentos.

*Com informações de Agência Brasil

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