14 de novembro, 2024

Inquérito busca saber se a ação foi individual ou em grupo - Foto: Bruno Peres / Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) está conduzindo uma investigação detalhada para apurar as explosões que ocorreram na Praça dos Três Poderes e no Anexo 4 da Câmara dos Deputados na noite desta quarta-feira (13). Utilizando métodos semelhantes aos empregados na reconstituição dos ataques de 8 de janeiro de 2023 – quando os prédios dos Três Poderes foram alvos de ataques –, a PF busca determinar se a ação foi realizada de maneira individual ou com apoio de terceiros.

Os peritos criminais da PF foram acionados logo após o incidente e, entre os primeiros passos da perícia, está a coleta de todos os vestígios encontrados no local. A equipe também utiliza tecnologia de modelagem 3D para analisar imagens e entender a dinâmica completa do ataque. Especialistas do Instituto Nacional de Criminalística (INC), com experiência em perícias de locais de crime e em análises de bombas e explosivos, estão à frente do inquérito aberto para esclarecer os detalhes do caso.

As amostras e fragmentos coletados serão analisados em laboratório para identificar o tipo de explosivo utilizado e, possivelmente, determinar sua origem e o método de execução. O objetivo é verificar se a ação teve um planejamento organizado e se houve participação de outros indivíduos.

Em postagem nas redes sociais, Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, destacou que confia na celeridade da PF para elucidar o caso. “Já sabemos que foi muito grave o que aconteceu. Já sabemos que o carro com os explosivos pertence a um candidato a vereador do PL de SC. Provavelmente a perícia vai confirmar que se trata da mesma pessoa que tentou entrar no STF depois morreu detonando explosivos na área externa no tribunal”, afirmou o ministro.

Ele ainda comentou a suspeita de que o responsável pelo ataque seja Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, ex-candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul, Santa Catarina. Segundo Pimenta, há ainda informações em apuração, como a origem dos explosivos, possíveis contatos feitos pelo autor, bem como se ele contou com apoio para chegar a Brasília e realizar o ataque.

Detalhes do ataque

As explosões tiveram início por volta das 19h30, com a detonação de explosivos em um veículo estacionado no Anexo 4 da Câmara dos Deputados, próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Logo após, o autor do ataque detonou artefatos em seu próprio corpo em frente ao prédio do STF. A PF está investigando o possível vínculo entre o dono do carro usado no ataque e Tiu França, que já tem histórico político como candidato pelo PL.

Com a reconstituição e análise de vestígios em andamento, a PF espera trazer respostas sobre a dinâmica e a motivação do ataque. “Golpistas não passarão”, declarou o ministro Paulo Pimenta, enfatizando que o governo está comprometido com a investigação rigorosa do caso.

*Com informações de Agência Brasil

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