1 de fevereiro, 2025

A suspeita é acusada de jogar óleo quente no rosto do adolescente, que permanece internado em estado grave - Foto: Polícia Civil / Divulgação

Uma mulher de 20 anos, investigada por tentar contra a vida do próprio sobrinho, de 15, foi presa pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta terça-feira (21/1), em Belo Horizonte. O crime, que ocorreu no último dia 14, no bairro Nova Esperança, região Noroeste da capital, chocou a comunidade local pela brutalidade do ato. A suspeita é acusada de jogar óleo quente no rosto do adolescente, que permanece internado em estado grave.

Desentendimento familiar

De acordo com o delegado Diego Lopes, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), o crime teria sido motivado por um desentendimento entre a tia e o sobrinho devido ao desaparecimento de um carregador de celular. “Apuramos que, após a discussão, a mulher deixou a residência e retornou de forma sorrateira, momento em que cometeu o ataque”, explicou o delegado.

O adolescente sofreu queimaduras severas no rosto e está entubado, impossibilitado de prestar depoimento ou realizar exame de corpo de delito devido ao risco de infecção. A gravidade das lesões e a dinâmica do crime levaram a Polícia a tratar o caso como tentativa de homicídio qualificado por dolo eventual.

Histórico de conflitos

Investigações apontaram que a suspeita já possuía antecedentes por desavenças com outros familiares e registros de atritos com a vítima. “O histórico de conflitos e a gravidade do ataque reforçam a qualificação do crime”, afirmou o delegado Lopes. Durante o interrogatório, a mulher demonstrou arrependimento, mas não conseguiu justificar a violência extrema diante de um motivo considerado fútil.

Ação policial rápida

A chefe da Divisão Especializada em Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad), delegada Renata Ribeiro Fagundes, destacou a prioridade dada ao caso. “A família procurou a delegacia no dia seguinte ao crime, e, em menos de uma semana, conseguimos realizar a prisão da suspeita e encaminhar o procedimento à Justiça”, declarou.

A delegada-geral Carolina Bechelany, chefe do Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam), também elogiou o trabalho da equipe policial. “A agilidade na investigação e na prisão da suspeita demonstra nosso compromisso com a sociedade mineira e a excelência no cumprimento da nossa missão”, afirmou.

O caso segue em apuração e a suspeita, agora à disposição da Justiça, pode responder por tentativa de homicídio qualificado, cuja pena pode chegar a 20 anos de prisão.

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