22 de novembro, 2024

Foto: Ilustrativa/ Internet

Meta para o fim deste ano foi superada, alcançando 2 gigawatts, valor previsto apenas para o fim de 2022

Minas Gerais alcançou a marca histórica de 2 gigawatts (GW) em operação da fonte solar. O somatório dos valores de geração centralizada (631,16 megawatts) e distribuída (1.384,21 megawatts) correspondem à energia solar fotovoltaica gerada por grandes usinas, parques solares e também por painéis solares em residências e condomínios, respectivamente.  

A meta do Governo do Estado para o fim deste ano, que era de 1,75 gigawatts, foi superada, alcançando o valor que estava previsto apenas para o fim de 2022. Do total de 853 municípios mineiros, mais de 99% têm geração distribuída de fonte solar fotovoltaica. Já a geração centralizada, que envolve grandes cargas, como aquelas em parques solares e usinas, está concentrada na região Norte do estado.

O valor histórico representa uma união de esforços do governo estadual, que tem apresentado políticas assertivas de desenvolvimento econômico, sendo Minas Gerais o primeiro estado do Brasil a atingir essa capacidade de operação de um tipo de energia limpa, barata e renovável. Além disso, a marca de 2 gigawatts simboliza mais de R$ 9 bilhões em investimentos e geração de cerca de 60 mil empregos no estado, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

De acordo com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, Minas tem grande potencial para a geração de energia fotovoltaica não só pela incidência de luz solar em boa parte do território, mas também porque oferece benefícios fiscais e licenciamento ambiental simplificado para instalação de empreendimentos.

“A capacidade instalada de energia solar reforça o potencial mineiro de liderar a produção de energia solar no país, representando mais de 18% do total nacional. A geração de 2 gigawatts é uma conquista desta gestão, por meio do planejamento estratégico do Sol de Minas, projeto que tinha a meta de alcançar esse valor no fim de 2022. Batemos a meta final com 12 meses de antecedência”, destaca. 

Sol de Minas

O protagonismo do estado na geração de energia solar fotovoltaica está relacionado ao compromisso do Governo de Minas em atrair negócios sustentáveis e fomentar a criação de empregos verdes com o Sol de Minas, programa estratégico da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede). A iniciativa busca diversificar a matriz energética a partir do aumento de projetos de geração de energia fotovoltaica juntamente com a implantação de empresas fornecedoras de bens e serviços para esse setor.

Simplificação

Segundo o diretor de Energia da Sede, Pedro Sena, para alcançar os resultados almejados, o Sol de Minas “se compromete a realizar o diagnóstico e a revisão da legislação pertinente e de regimes tributários, de forma a simplificar a implantação de investimentos em energia fotovoltaica”. 

Ainda segundo ele, a iniciativa capacita gestores municipais e realiza prospecções ativas de investimentos voltados para esse tipo de energia. Um exemplo importante foi a elaboração do mapa de disponibilidade de acesso à rede da Cemig, uma parceria do projeto Sol de Minas com a Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi) e a companhia. Hoje, o mapa é finalista do Prêmio Inova como política pública inovadora e de destaque.

Empreendedorismo

Pedro Sena ainda lembra que Minas Gerais é o estado amigo do empreendedor, o que contribui significativamente para a implantação de empresas fornecedoras de bens e serviços no setor de energia solar fotovoltaica. “Em resumo, o tempo para recuperar o investimento é baixo, a taxa interna de retorno é alta, a incidência de luz solar é alta, sem contar os benefícios fiscais e o licenciamento ambiental simplificado. Isso tudo permite que os empreendimentos, tanto na modalidade centralizada quanto distribuída, se expandam cada vez com mais força”, enfatiza o diretor de Energia da Sede.

Isenção de tributos

O Governo de Minas também publicou o Decreto 48.296/2021, que concede a isenção de tributos para importação de equipamentos e componentes para a geração de energia solar e eólica. A medida garante aos projetos instalados em território mineiro acesso a fornecedores de várias partes do mundo, isentando impostos para importação de equipamentos para geração de energia solar e eólica e atraindo ainda mais usinas para o estado.

Crise energética

Além de diversificar o suprimento de energia elétrica do país, a geração de energia solar reduz a pressão sobre os recursos hídricos, representando fonte de energia limpa e renovável, já que não emite poluentes. Isso sem contar os custos menores para a sociedade, porque a fonte solar é mais barata tanto para o cidadão quanto para o setor produtivo que faz uso dessa energia, trazendo benefícios com um todo. Não à toa, empreendimentos de diversos tamanhos e portes do setor estão se instalando em Minas Gerais, contribuindo para atingir a geração de 2 gigawatts.

Race to Zero

Minas também é o primeiro estado da América Latina e Caribe a aderir à campanha mundial Race to Zero para zerar emissões de carbono. Com o protocolo de intenções, o Estado se compromete a convergir esforços para reduzir e neutralizar a emissão de gases e a fomentar o desenvolvimento sustentável em seu território. 

O Estado atualizou o Plano de Energia e Mudanças Climáticas em até 12 meses, durante a COP 26, em Glasgow, estabelecendo medidas para zerar as emissões até 2050. Até 2030 deve ser estipulada uma meta intermediária de redução de emissões dos gases.

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