25 de novembro, 2024

Crimes de ódio ocorridos no Norte e Nordeste do Estado motivam debate na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.

Casos chocantes de feminicídio nas regiões Norte e Nordeste de Minas motivam audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) na próxima quarta-feira (24/11/21), às 9h30, no Auditório do andar SE da Casa. 

Dois feminicídios violentos aconteceram no Norte de Minas no final de maio: no primeiro, no dia 28, um homem de 29 anos matou a mulher e o suposto amante dela a facadas, no município de Claro dos Poções, cidade de pouco mais de 7 mil habitantes. A filha da vítima presenciou o duplo assassinato. 

No dia seguinte, em Pirapora, que tem pouco mais de 56 mil habitantes, uma mulher de 34 anos morreu depois de ser atropelada, propositalmente, pelo marido, na frente dos filhos, de 5 e 7 anos. O autor arrastou a vítima por cerca de 40 metros. Além disso, deu ré no veículo para se certificar que a mulher estava morta. 

De acordo com a deputada Leninha (PT), que apresentou requerimento para a realização da reunião, feminicídio é um crime de ódio, hediondo, e é preciso avançar em medidas propositivas e em políticas públicas eficientes para que a lei se cumpra e a vida das mulheres seja preservada. 

“Os feminicídios ocorridos em maio desse ano no Norte e Noroeste de Minas chocaram todos e todas nós. O assassinato de mulheres em contextos marcados pela desigualdade de gênero vem ocorrendo com mais frequência em nossa sociedade”, explicou, na justificativa de seu requerimento.

De acordo com dados da Polícia Civil de Minas Gerais, só em 2021 foram quase 270 casos de feminicídio em Minas, considerando episódios consumados e também as tentativas. Já com relação a vítimas de violência doméstica e familiar contra a mulher, foram mais de 70 mil casos em todo o Estado, conforme Relatório Estatístico publicado em agosto deste ano. 

Participantes – Dentre os convidados a participar da audiência, destacam-se as presenças do delegado-geral da Polícia Civil e Chefe do 11º Departamento de Polícia Civil de Montes Claros, Jurandir Rodrigues Cesar Filho; da promotora de justiça da Promotoria de Justiça de Combate à Violência Doméstica da Comarca de Montes Claros, Renata de Andrade Santos; e da socióloga do Hospital Universitário Clemente de Farias (Unimontes) e coordenadora da Rede de Enfrentamento a Violência contra as Mulheres, Theresa Raquel Martinez.

About The Author