23 de novembro, 2024

Entre as vítimas estão mãe e duas filhas - Foto: Reprodução | Internet

Por meio da comparação de dados cadastrados, foi possível identificar um homem que teria sido responsável por três crimes

O uso da biotecnologia no combate à criminalidade protagonizou, mais uma vez, a resolução de uma série de estupros cometidos em Belo Horizonte e Ribeirão das Neves, Região Metropolitana.

Por meio da análise de dados inseridos no Banco de Perfis Genéticos da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), parte da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), foi possível identificar um homem, de 41 anos, apontado como responsável por três estupros, cometidos entre 2015 e 2018.

Divulgação / PCMG

As mulheres vítimas da violência sexual procuraram a Polícia Civil após os crimes, ocasião em que foi colhido material genético nelas visando à comparação com possíveis autores dos estupros. À época, nenhum suspeito foi identificado.

“Com o projeto de fortalecimento da RIBPG, coletamos e processamos material biológico de condenados por crimes de natureza grave contra a pessoa e inserimos os resultados no banco de perfis genéticos. Após a realização de buscas dentro dessa ferramenta, foi encontrada a correspondência entre o perfil genético de um homem condenado e o material genético encontrado nas três mulheres. Isso indica que foi ele que deixou o material masculino encontrado nas vítimas”, explica o perito criminal Giovanni Vitral, administrador do Banco de Perfis Genéticos da PCMG.

O suspeito identificado já tem uma condenação por crime sexual, em 2014, e outras duas outras por roubo, em 2016. Atualmente, ele cumpre pena no sistema prisional por roubo.
 
RIBPG

Em 2009, foi assinado um acordo de cooperação técnica entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública, e as secretarias estaduais de Segurança Pública com o objetivo de que os laboratórios de genética forense estaduais recebessem o software Codis. O programa, cedido pelo FBI, gerencia o banco de perfis genéticos.

No ano seguinte, 2010, a PCMG recebeu o servidor do Banco de Perfis Genéticos (BPG) e iniciou o processo de treinamento de funcionários e a instalação do software em seus equipamentos. Em 2013, por meio de decreto presidencial n° 7.950/2013, foi criada a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genético, na qual a Polícia Civil de Minas Gerais está incluída por ter assinado o acordo de cooperação técnica.

Desde então, Minas já apresentou mais de cem resultados positivos no banco de perfis genéticos. No Brasil, mais de 3 mil investigações foram auxiliadas por essa ferramenta, o que demonstra o potencial de resolução de crimes alcançado por ela.

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