22 de setembro, 2024

Programa desenvolvido pelo CODANORTE e FUNASA terá equipes itinerantes que vão percorrer 18 cidades da região com índices de infestação do Aedes aegypti mais altos

 Uma blitz educativa realizada na tarde desta terça-feira (15) marcou a retomada do programa de educação ambiental contra a dengue, desenvolvido pelo Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Ambiental do Norte de Minas (Codanorte), em parceria com a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).

Ao todo, 18 municípios da região serão contemplados com as atividades presenciais e virtuais que incluem workshops, fóruns, minicursos, palestras, webnários e oficinas de artesanato. O programa tem como tema: “Mosquito vilão, aqui não”, e o lema: “Palmas para quem sabe combater”. Ele foi criado em 2017, mas teve que ser suspenso devido a pandemia do Coronavírus.

O presidente do Codanorte, Eduardo Rabelo, comenta que o momento é de cautela, visto que com as fortes chuvas na região, o mosquito tenha mais facilidade de proliferar. O objetivo da ação, segundo Eduardo, é discutir e refletir sobre os cuidados com o foco do Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, Zica e Chikungunya.

“O objetivo é levarmos à população os conhecimentos, os cuidados que devemos ter, e redobrar, principalmente se tratando de saúde, em um momento tão crítico que estamos vivendo. Então, fazemos o alerta para toda a população, que redobre os cuidados, para ficarmos atentos e juntos sairmos fortes e traçarmos metas para que juntos não deixarmos esse mosquito maldito atrapalhar nossas vidas”, disse.

Como explica a coordenadora de projetos do Codanorte, Soraya Ottoni, a escolha dos municípios leva em consideração o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) entre os anos de 2017 e 2018, início do programa.

“A partir do dia 10 de março, nós vamos percorrer 18 municípios eleitos por meio do índice de infestação dos casos de Dengue, Zica e Chicungunya. E um mosquito vilão como esse, a gente não pode deixar nos nossos quintais. Nós vamos fazer cerca de sete a oito eventos durante dois dias em cada município. Nós vamos capacitar, mobilizar, e sensibilizar a população que não está fazendo a sua parte em relação aos quintais. A gente vai fazer seminários, fóruns de integração, empoderamento desse agente comunitário e de edemias que está tão severamente colocado para fora por conta da Covid e outros medos que a gente tem. Vamos fazer essa sensibilização para que a população possa de fato efetivar ações como essa”, comentou Soraya.

A expectativa, segundo o educador ambiental da Funasa, Roberto Carlos da Silva, é que esses indicadores sofram redução a partir dessa mobilização conjunta.

“Esse projeto é de fundamental importância para o Norte de Minas tendo em vista a abrangência desse convênio nesse enfrentamento dessa epidemia de dengue. O Codanorte é um dos pioneiros nessa atividade de desenvolver ações nos 18 municípios. Para se ter uma ideia, este é o único convênio que desenvolve essas ações em vários municípios. Na maioria das vezes, a Funasa fazia esse convênio diretamente com um município só. Então, com pouco recursos, nós vamos ter essa amplitude nas atividades que vão beneficiar todos esses municípios no enfrentamento da dengue e outras doenças. O Codanorte é um grande parceiro, que possui uma equipe técnica capacitada. Com certeza vai servir de exemplo para outras regiões do Brasil onde a Funasa pretender implantar essas ações”, destacou Roberto.

Como foi ressaltado pelo educador da Funasa, a economia de recursos por parte do governo federal com o modelo de atendimento que abrange vários municípios da região, além de se eficiente na questão ambiental, também representa economia para os cofres públicos. É o que explica
 presidente Eduardo Rabelo.

“São 18 municípios que tem uma população estimada em mais de 700 mil habitantes. O repasse tem um valor global de apenas R$ 424.091,12. Se cada município tivesse que contratar sua própria equipe multidisciplinar para promover todos os eventos educacionais que serão realizados em cada cidade, incluindo a aquisição de todos os materiais didáticos e de apoio nas ações previstas, o valor global do investimento que a FUNASA teria que fazer ultrapassaria a marca de R$ 1,8 milhão, em média”, avaliou Eduardo.

Para finalizar, o educador da Funasa fez um apelo para os prefeitos e gestores que participem ativamente da programação, uma vez que o resultado final depende do empenho de cada um.

Gostaria de conclamar todas as cidades que serão beneficiadas com esse convênio, para que possam participar intensamente. É um projeto de suma importância, sabemos que o índice de infestação nesses locais é muito alto e o Codanorte junto com a Funasa está aí para assessorar, para ampliar e fomentar esse trabalho com vocês. Mas vocês que são os munícipes, então, precisam entender que cabem a todas as partes envolvidas desenvolverem o trabalho da melhor maneira possível para que esse índices possam cair. Nesse sentido, precisamos do empenho de todos!”, concluiu Roberto.

Veja as cidades contempladas:

Bocaiuva
Ibiracatu
Varzelândia
Francisco Sá
São João do Pacuí
Montes Claros
Lagoa dos patos
Coração de Jesus
Várzea da Palma
Buritizeiro
Catuti
Glaucilândia
São João da ponte
Mirabela
Campo Azul
Claro dos Poções
Japonvar
Cristália

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