20 de maio, 2024

O trabalho foi realizado em conjunto entre o Corpo de Bombeiros, funcionários da prefeitura e moradores da região.

 

O Corpo de Bombeiros de Januária teve muito trabalho para combater um incêndio subterrâneo, na manhã desta sexta-feira (16), lá em Cônego Marinho. Isso porque, além de percorrer aproximadamente 70 km de distância da sede do batalhão para chegar no município, também precisaram andar cerca de 2,5 km a pé até chegar em uma área de vegetação mista onde o fogo tomava conta.

Segundo a corporação, o incêndio era subterrâneo em uma vereda seca e já havia consumido aproximadamente dois hectares de vegetação. O fogo estava avançando muito rápido e se propagava em direção a uma nascente de água que abastece um riacho da região.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, esse tipo de incêndio é conhecido como “incêndio de turfas”, ele consiste na combustão lenta e degradante de uma densa e compacta camada no subsolo, muito rica em matéria orgânica. A falta de oxigênio pode fazer com que o incêndio permaneça dificultando o combate. Por isso, os Bombeiros precisaram fazer um estudo da situação antes de estabelecer quais as melhores técnicas a serem aplicadas, na região que fica na a comunidade de Imbé, zona rural do município.

O trabalho foi realizado em conjunto entre o Corpo de Bombeiros, funcionários da prefeitura e moradores da região.

Com utilização de maquinários (retroescavadeira, trator e pipa), cedidos pela prefeitura do município, foi executado o combate direto e indireto, através da abertura de valas, sendo a maior delas com 20 metros de comprimento e dois metros de profundidade, após esse trabalho essa vala foi encharcada com água. Os trabalhos iniciaram pela manhã e foram concluídos ao final do dia. A vala serve para impedir que o fogo se alastre, já que é muito perigoso andar pelos locais que podem esconder buracos ou focos que não podem ser visualizados. O combate foi feito de forma indireta, por meio dessas linhas de defesa.

Segundo especialistas, esse tipo de incêndio é pouco comum, mas costuma surgir em regiões de seca ou de pântano.

Como há risco de reingnição, a área será monitorada com auxílio de moradores.

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