15 de novembro, 2024

Esse centro promete transformar a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico voltados para a região semiárida, com foco na sustentabilidade e inovação - Foto: Ascom Unimontes

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) acaba de aprovar um investimento de R$ 20 milhões para a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) com o objetivo de criar o Centro de Excelência do Semiárido, batizado de Sertão. Esse centro promete transformar a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico voltados para a região semiárida, com foco na sustentabilidade e inovação.

Um marco para o semiárido brasileiro

A criação do Centro de Excelência do Semiárido representa um marco significativo para a região e para a pesquisa no Norte de Minas. Aprovado nesta semana, o projeto foi formalizado em março de 2024, quando o presidente da Fapemig visitou a Unimontes e oficializou a parceria. Com o Sertão, a Unimontes será pioneira em estudos e soluções voltados para o combate à desertificação, mitigação dos impactos das mudanças climáticas e promoção do desenvolvimento sustentável.

O centro atuará em áreas estratégicas como Agroeconomia, Bioeconomia, Biotecnologia, e Biodiversidade, além de integrar tecnologias emergentes, como Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT), aplicadas ao contexto único do semiárido brasileiro.

Para a pró-reitora de Pesquisa da Unimontes, Maria das Dores Veloso, o Sertão é uma grande oportunidade para a universidade e para os pesquisadores da região. “Este é um marco para o Norte de Minas e para toda a comunidade acadêmica. O Sertão vai reunir diversos campos do conhecimento e promover uma verdadeira sinergia entre ciência, inovação e as necessidades do semiárido”, destacou.

Uma visão transformadora

O coordenador do projeto, Allysson Steve Mota Lacerda, aponta que o Sertão tem a ambição de se tornar a principal referência em pesquisas sobre o semiárido até 2030. Com a aplicação de tecnologias de ponta e foco no uso sustentável de recursos naturais, o centro deverá também se empenhar na recuperação de áreas degradadas.

“A combinação de tecnologias como IA e IoT com áreas como agroeconomia e biodiversidade permitirá o desenvolvimento de soluções práticas e inovadoras para os desafios da região”, ressaltou Lacerda.

Parcerias e impactos regionais

O reitor da Unimontes, Wagner de Paulo Santiago, destacou a importância da parceria com a Fapemig e celebrou a aprovação do projeto. “É uma grande oportunidade para os nossos pesquisadores mostrarem a excelência que temos na Unimontes. A Fapemig tem nos apoiado de forma constante e sem hesitação”, comentou.

O Sertão atuará em parceria com prefeituras, empresas e ONGs, visando garantir que as soluções desenvolvidas tenham aplicação prática e beneficiem a população local. O impacto esperado é abrangente: do desenvolvimento econômico à preservação ambiental, com foco na melhoria da qualidade de vida da população local.

Com previsão de iniciar as atividades ainda este ano, o Sertão já se organiza para a seleção de bolsistas e o planejamento de programas de pré-aceleração de projetos, capacitações e eventos para a comunidade acadêmica. Para 2025, estão previstos projetos com foco na criação de novas soluções tecnológicas, visitas técnicas e desenvolvimento de negócios inovadores para a região.

Inovação e Sustentabilidade para o Semiárido

O Centro de Excelência do Semiárido representa um passo decisivo na busca por soluções sustentáveis para uma das regiões mais desafiadoras do Brasil. A Fapemig e a Unimontes, juntas, reafirmam o compromisso com a inovação científica e tecnológica que atende às necessidades do presente e pavimenta um caminho de desenvolvimento para o futuro do semiárido brasileiro.

*Com informações de Agência Minas

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